O ACASO E A EVOLUÇÃO DAS ESPÉCIES

           Depois de Charles Robert Darwin (1809-1882), ou mais concretamente após o seu livro "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural" (1859), toda a campanha ateísta, com tanta exaltação como falta de argumentos, passou a querer substituir a idéia da criação por Deus pela de evolução. 

   O Prêmio Nobel de 1965 em Fisiologia e Medicina, Jacques Monod, no seu livro "O Acaso e a Necessidade", saindo-se da sua especialidade e entrando em filosofia onde clarissimamente se percebe que absolutamente nada entende, teve a ousadia de  afirmar que não existe nenhum plano na natureza, nenhuma intencionalidade (será que ao menos sabe que em filosofia essa intencionalidade secularmente é chamada teleologia ou enteléquia?). Na sua pretensão de "filosofia" e passando à "teologia", onde também absolutamente nada entende, afirma que admitir planos, projetos, direções incutidos na natureza é mentalidade supersticiosa, animista, primitiva. "Quem está do lado da ciência rejeita toda afirmação religiosa de planos (...) de Deus. Quem está do lado da ciência sabe que toda a realidade procede do puro acaso".

   Segundo Monod, por puro acaso se formou o DNA (ácido desoxirribonucléico, portador dos genes ou caracteres hereditários) do primeiro ser vivo. E depois por evolução na base de erros e acasos foram surgindo todas as outras espécies e toda a ordem dos viventes. Pelos erros no DNA os indivíduos alterados adquirem vantagens sobre os não modificados, multiplicam-se mais facilmente e terminam por suplantar outras espécies que se extinguem.

    Essa afirmação de Monod é também contraditória: por um lado postula a irreversibilidade do DNA, para manter a espécie, do primeiro indivíduo da primeira espécie. Mas de outro lado pleiteia uma série ininterrupta de erros para assim explicar o aparecimento de todas as outras espécies. 

   Tudo puro erro e acaso. Assim, após uma muito longa série de felizes erros ter-se-ia formado inclusive o ser humano com sua inteligência, consciência, vontade...

     Conseqüência, para muitos, Machiavel, Nitzsche, Marx, Hitler..., a partir do evolucionismo: quanto mais forte seja um homem, quanto mais astuto, quanto mais submeter, e mesmo destruir, se não se lhe submetem, os outros homens, tanto mais desenvolvido será esse homem.

   - Igual que os animais.    

     Ha cientistas que, na ânsia de negar a criação e provar a evolução, falaram de "geração espontânea". Por exemplo, numa poça de água, passado algum tempo, espontaneamente seriam geradas bactérias, que passariam a insetos... até rãs, peixes, cobras... Questão de tempo, acaso e erros.

  - Na realidade dá pena ver até que ponto a lavagem cerebral sofrida e insuflada  pelos cientistas ateus leva nesses temas a tamanha incapacidade de um mínimo, que fosse, de reflexão. Porque:

   * No campo do raciocínio lógico há certas verdades evidentes, por exemplo que o nada não pode produzir alguma coisa. Acudir à ação casual do que não existe, é falta total de raciocínio.

   *Ação por acaso, e ação casual fantástica, do nada! É chamar  Criador Todo Poderoso ao acaso, ao nada! Troca-se de nome, chamam Deus ao nada, ao nada-acaso, mas só um louco (igual ao cientista ateu, pelo seu preconceito e lavagem cerebral) pode confundir esses conceitos evidentemente contraditórios.

   * Nenhuma técnica, ou erro, ou acaso..., nenhuma evolução pode desvincular do Criador  o começo da existência do primeiro ser contingente ou dos primeiros seres contingentes.

   * Claro está que só após a criação de alguma criatura, a evolução, ou a técnica... poderá agir em algum grau.

   * Porque os que negam um Criador, ou os partidários do acaso, ou do evolucionismo absoluto, se pensassem um pouco, por pouquíssimo que pensassem, cairiam na conta de que na realidade estão demonstrando precisamente tudo o contrário do que afirmam e pretendem. O expressa magistralmente o filósofo francês Claude Tresmontant no seu  recente (1981) "O Ateísmo do ponto de vista científico e racional": "O ateísmo consiste em sobrecarregar o universo como tal, em afirmar a respeito do universo o que só pode ser verdade a respeito do Ser Absoluto. É a divinização do Universo. (...) O ateísmo moderno, exatamente como o paganismo (e animismo, panteísmo, etc.) antigos, na realidade está atribuindo ao universo propriedades (inclusive) físicas não percebíveis pela experiência,  e que na realidade as ciências experimentais têm demonstrado serem falsas: o não-começo. (...) Propriedades físicas não apenas inverificáveis, senão também certamente falsas. (...) De um pressuposto 'metafísico' preliminar apriorístico deduz uma física. Isso representa o máximo da impropriedade para uma 'filosofia' que se afirma científica, como por exemplo o marxismo".   

  * Por outro lado, se não são deturpados os conceitos, entre criação e criatura, entre criação e desenvolvimento técnico, entre criação e evolução não existe nenhum conflito, nenhuma incompatibilidade. Não fossem os preconceitos nos ateus, bastaria um mínimo de inteligência para garantir isso. Criação refere-se à origem primeira de tudo fora do próprio Criador. Evolução refere-se aos processos sucessivos que ocorrem dentro desse universo já criado. Criador implica existência eterna de quem tem em Si mesmo a necessidade de existir. A criação explica como é que começou a existir alguma coisa que não tem em si mesma necessidade de existir. A evolução analisa as variações daquilo que já foi criado.

   * Nada a objetar quando afirmam que cada espécie vai evoluindo dentro da mesma   espécie (= evolução relativa).

   * As dificuldades, não só filosóficas senão também e precisamente científicas, aparecem quando pretendem  apresentar provas da evolução de uma a outra espécie (= evolução radical), por exemplo quando afirmam que os répteis derivam dos peixes... E pior (= evolução absoluta) quando pretendem que a vida procede da matéria inanimada. E ainda pior, quando afirmam que o homem inteligente procede do macaco instintivo, não só quanto ao corpo, dentro dessa chamada evolução absoluta.

    * Descartada a evolução absoluta, Deus poderia haver planejado essa ordem ou teleologia ou enteléquia evolutiva radical, de espécies a espécies, e não só ordem ou teleologia evolutiva relativa, dentro de cada espécie. Mas será que o fez assim? A carência de argumentos realmente convincentes fez com que, ultimamente e cada vez mais, autênticos cientistas, desvinculados de preconceitos, criticam a evolução radical (além de negar plenamente a evolução absoluta e, claro, além de afirmar como necessária a criação original).

   * Por citar alguma autoridade de grande prestigio e fama internacional, escolho J. Servier, que garante no seu "O Homem e o Invisível" (1967): "À luz de nossos conhecimentos atuais, jamais a vida pôde nascer da matéria (inanimada). O contrário, sim. Em laboratório podemos constatar facilmente que a matéria pode originar-se da vida".

  * Igualmente, continua Servier, "nada sugere na natureza que a evolução (...) possa passar do inorgânico ao orgânico, do orgânico ao organizado ( e muito menos ainda, do organizado à inteligência, consciência...). Observamos planos paralelos que, sem dúvidas, têm relações entre si (entre os corpos do  homem e do macaco, por exemplo), embora ainda escapam à experimentação. Mas as relações entre homem e macaco apresentam também grandes diferenças. Nada nos permite esconder estas em benefício daquelas".

   * E, como outro exemplo entre tantíssimos, o também grande cientista de prestigio e fama internacionais, G. Ludwig, afirma no seu "Ciência da Natureza e Visão Cristã do Mundo" (1982): "Portanto, se dentro da matéria inanimada houve nascimento de seres vivos, o razoável cientificamente é afirmar que realizou-se plenamente segundo os princípios (teleologia) da ordem orgânica. Uma dificuldade particular contra o materialismo, que tanto valor atribui à 'evolução' da matéria por si mesma, está constituída pela 'evolução' de algo particular -inorgânico- a alguma coisa logicamente mais geral -orgânico; e muito mais superior, essencialmente superior, a inteligência e espiritualidade-. A dialética do materialismo não parece mais convincente do que a estória do barão de Münchenhausen que haveria se puxado pelos cabelos para fora do pântano. O erro presente na matéria jamais moveria a matéria para formas novas superiores, do inorgânico ao orgânico (... e pior ainda à inteligência). Podemos dizer com certeza que o surgimento da vida, como também o seu desenvolvimento admirável, supõe um plano (enteléquia ou teleologia) admirável (e uma intervenção). No âmbito orgânico, a ordem desperta sempre admiração (...). Essa ordem (e necessária intervenção) é sempre um milagre". Só um louco (igual ao cientista preconceituoso) pode atribuir esse milagre a erros contínuos ao longo dos séculos, a acasos perenes...

  * Contra a evolução radical, precisamente o descobridor do código genético, o monge padre Johann (Gregor, no mosteiro) Mendel (1822-1884) provou que "uma característica só pode ser transferida para gerações futuras se estiver codificada no código genético daquela mesma espécie". É lamentável que ainda existam cientistas tão..., que parece ainda não saberem que cachorro só gera cachorro, roseira só gera roseira, e assim por diante. Porque cada espécie não sai do seu código... É o axioma secular: "Ninguém dá o que não tem".

   * Precisamente quando estavam em plena euforia os ateus com seus preconceitos, Louis Pasteur (1822-1895) demonstrou a lei da biogênese. A vida só procede da vida. Pasteurizou a água e acabou com todas as pretensões materialistas da evolução absoluta e radical e da geração espontânea. E a humanidade lhe deve toda a "evolução" científica posterior de higiene, conservação de alimentos, etc. 

   * E mais: Não se encontrou "ainda" nenhum fóssil que sirva de elo entre uma e outra espécie qualquer. Como garante, por exemplo, Francis Hitching no seu "O Pescoço da Girafa" (1982), "quando se procuram elos entre os principais grupos de animais, esses simplesmente não existem".

   * É por isso que os partidários de Darwin inventaram isso de uma evolução muito gradativa, muito lenta, para mudar de espécie... Mas na realidade, como acabamos de dizer, só encontraram fosseis atestando essa gradativa evolução dentro de cada espécie, e pelo contrário há muitos fosseis que atestam a repentina aparição de outra espécie, sem essa pretendida lenta passagem de uma espécie para outra.                  

   * Quantas e quantas vezes os evolucionistas citam o mimetismo pretendendo provar seu conceito de evolução (não só relativa, senão radical,  e até absoluta!). Por exemplo, o bicho-folha. Pode haver algo mais claro, dizem, para demonstrar a evolução (seria só evolução relativa) do que o bicho-folha, que para se defender foi se modificando até confundir-se com a folha em que pousa? Pois, na realidade, para desespero de tantos fanáticos ateus, precisamente casos como o do bicho-folha são argumentos irrefutáveis a favor da teleologia ou finalidade ou plano incutido por Deus na natureza. Porque, como  apresenta o professor Fritz Kahn no volume II do seu "O Livro da Natureza": a ciência descobriu que "a folha animada é mais antiga do que a folha imitada".

   * Quanta discussão. Apriorística e entusiasta nos cientistas ateus que querem impor a evolução radical; discussão e trabalho sereno, meticuloso, pelos cientistas que querem e analisam provas. A discussão gira ao redor dos fósseis pre-humanos e humanos mais antigos. Nenhum desses achados arqueológicos provou a evolução radical, o pulo do macaco ao homem. Ou como preferem esses admiráveis ateus: Nenhum "até hoje, não ainda". Os grupos de ossadas referem-se  sempre "até hoje" a macacos, claramente macacos, e sem nada dessa demoradíssima evolução, aparecem "de repente" ossadas de homens, clarissimamente homens: o "homo sapiens", que começou a existir uns 100.000 anos antes de Cristo. Falta o que seria o elo intermediário entre o macaco (ou os chamados "hominídios" de Neandertal, de Cromagnon, Pequinense, etc.) e o "homo sapiens". Falta encontrar o "elo perdido", como os cientistas ateus simplesmente... imaginam.

   * E é tristíssimo, prova desse doentio preconceito e lavagem cerebral, a quantidade de fraudes. É tristíssimo constatar, por exemplo, em 1912 Charles Dawson e Arthur Smith Woodward  apresentando um dente do "homem de Piltdown". O "Homem de Piltdown" tinha que haver vivido há 550 mil anos. O elo perdido! Êxito rotundo mundial! Alegria incontida na propaganda ateísta. Mas em 1950 o Dr. Weiner, de Oxford, demostrou que o "elo perdido" era fraude: o pedacinho de pederneira de Piltdown não passava de um dente claramente de macaco. O dente havia sido polido com uma fina lima. Também fora tratado com uma solução de cromo para dar-lhe aparência de antigüidade milenar. Mas datava só de 50 anos...


            A ORIGEM DO HOMEM 

            Nada teria de mais que após a evolução do macaco, em determinado momento Deus interviesse para infundi-lhe o espírito, a alma espiritual, e dessa espécie animal se pularia à espécie humana, inteligente. O homem procederia corporalmente do macaco, mas por intervenção divina, por milagre, substituir-se-ia a alma animal por alma espiritual. E cada ser humano, após a morte ressuscitará e viverá eternamente com Deus que lhe deu a espiritualidade indestrutível... Nada disto corresponde aos animais irracionais, sua alma, seu princípio de vida, depende da organização material, é alma material, não é alma espiritual.

   Seja como for: após a transformação da espécie animal em espécie humana, ou após a criação direta da espécie humana, continua a evolução de cada uma das duas espécies ou começa a evolução também da espécie humana.

   Todos os progenitores, transmitem por geração a mesma natureza. "Os macacos geram macacos, as roseiras geram roseiras..., e os humanos geram humanos. É completamente absurdo afirmar que os pais geram um corpo e que a alma vem de outra pessoa anterior (a absurda  reencarnação). Os pais são pais de um ser humano, completo, corpo-alma, não só de um corpo, deixando que alma venha de outro lugar!

   Para rejeitar a absurda reencarnação, muitos pensaram, mas sem provas!, no  chamado criacionismo: em cada conceição humana os pais gerariam só o corpo!, e Deus criaria então a  alma. Na realidade na geração se transmite o corpo e também a alma.

É o chamado traducionismo: A alma vai se transmitindo como se transmite a chama de uma vela a muitíssimas outras velas sem que a chama -diríamos nesta analogia, a alma dos pais- nada perca. Assim vão se multiplicando todos os indivíduos de cada espécie, na mesma natureza que seus progenitores.

Não contínuos criacionismos, e muito menos a absurda reencarnação ou metempsicose. Sim o traducionismo.


           E O CLONE?

            Respondo aqui muito brevemente. Prescindo aqui do aspecto ético.

    Também não há problema a respeito dos conceitos que envolvem a clonagem. Trata-se de uma geração artificial. Para melhor compreensão "identifiquemos" o óvulo humano com o ovo de uma galinha, composto de gema e clara: Distingamos cinco aspectos na geração: 1) Fecundação. 2) Conceição. 3) Genética (programação e hereditariedade). 4) Gestação e 5) Parto. É a gema fecundada que leva toda a Genética (programação e hereditariedade materna e paterna) do futuro pintinho. A clara é alimento inicial. Artificialmente, na clonagem substitui-se a gema com uma outra célula já programada. É esta outra célula que fará as vezes de gema.

    Apliquemos ao ser humano e concretizemos na novela "O CLONE" da rede GLOBO. De um óvulo da mãe, já falecida, de Lucas foi retirado o núcleo, a "gema", e colocado no lugar uma célula do próprio Lucas, então já com 20 anos. Este óvulo assim manipulado (o que substitui a fecundação), foi  inseminado no útero de Deusa (para o estagio final da conceição). Portanto, tirou-se toda a programação e hereditariedade que transmitiria a "gema", retirada, da mãe de Lucas. Nada mais implica a mãe falecida. De Lucas procedeu toda a genética para Leo, toda a genética que normalmente transmitiriam o pai e a mãe. Isto é o principal na geração, normal ou artificial. Mas Leo é plenamente outra pessoa. Concebido artificialmente, mas outra pessoa como o seria se houvesse sido concebido normalmente. Concebido quase idêntico a Lucas, porque tem quase a mesma programação e hereditariedade que teve Lucas. "Quase idêntico": porque Lucas, durante a vida, foi adquirindo outros fatores  psicológicos e modificações orgânicas, em grande parte não transmissíveis; e também Leo, nos seus 20 anos de vida, foi se diferenciando cada vez mais com suas próprias experiências.

   Mas a geração não é só fecundação, conceição e genética. Normalmente faltam outros dois elementos, gestação e parto. E por isso Deusa é mãe no sentido do estagio final da conceição (a partir da fixação no útero), e por gestação e pelo parto, embora não seja mãe genética por não haver sido fecundada uma "gema" dela. A "clara" no óvulo da mãe de Lucas praticamente nada alimentou o inicio da vida do feto Leo. Foi Deusa que exerceu esta parte da maternidade alimentando com seu sangue, protegendo, etc. por nove meses o feto Leo e foi Deusa quem o deu à luz (além do carinho, educação... por vinte anos). Deusa é uma grande parte de uma mãe.   


          ADÃO E EVA

          O Pentateuco, os cinco primeiros livros da Bíblia, e concretamente o primeiro, o Gênesis onde se narra a criação de Adão e Eva, é realmente um dos livros mais antigos da humanidade.  Concretamente, não há nenhum escrito sâncrito anterior aos escritos religiosos chamados Vedas. As partes mais antigas dos Vedas, não remontam, nem muito menos, a antes do Pentateuco. Concretamente para o mais antigo livro hindu, o Rig-Veda, o alemão Max Müller (Frederico, 1826-1900), o mais sábio indianista, provou meticulosamente que no Rig-Veda nada da tradição que recolhe é anterior ao século XII a. C. Foi sendo escrito ao longo de todo um século, chegando a ser terminada no século II a. C. Enquanto que a tradição do Pentateuco remonta ao século XVIII  a. C. (Abraão),  século XIII ou mesmo XIV a.C. (Moisés)...,  sendo escrito no século IX a.C. ao menos em grande parte. 

   Pois bem, nessa venerável e antiquíssima tradição e escritura, a metáfora bíblica (Gn 2,7;6,17) poderia entender-se assim: "Então Iahweh Deus modelou o homem com a argila do solo": o corpo de barro, 'adamah = solo, donde procede o seu nome Adão. Argila, o barro do solo, seria metaforicamente o macaco. Deus "insuflou em suas narinas um hálito de vida e o homem se tornou um ser animado": Deus fez o homem insuflando a alma, ruah = espírito, no corpo do macaco, que virou ser humano agora com alma espiritual, inteligente. Adão e Eva ( = mãe dos viventes) representam a humanidade. Não são necessariamente duas pessoas concretas que existissem realmente. Podem haver sido, mas podem também haver sido dois macacos. Ou uma espécie de macacos.

   Em todo caso, até poderíamos destacar que modernamente é sabido que "todos os elementos químicos que formam os seres vivos, também estão presentes na matéria inanimada" (uso as palavras da Enciclopédia Delta Universal). Daí que podemos admirar a exatidão do Gênesis: seja ou não procedente do macaco, o corpo humano está todo constituído de pó do solo... Como poderiam saber isso naquela época, senão por Revelação?

   -  A Bíblia não é um livro de ciência. Mas,  sendo ou não a partir do macaco ("barro"), o que a Bíblia sim pretende ensinar, e nisso é infalível, é o milagre da intervenção divina na criação do homem. Se o corpo procedesse do macaco, barro, seria evolução relativa ( mas com a intervenção de Deus), não a impossível evolução radical. Jamais a evolução, por si só, poderia dar esse pulo essencial do animal irracional ao ser humano com alma espiritual.

Padre Oscar G. Quevedo S.J.

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