Deus e Sua criação |
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A
CRIAÇÃO
* Por exemplo a respeito da ordem de aparecimento das criaturas...
É claro que "em seis
dias" designa
filosoficamente seis etapas... Já
nos preâmbulos do materialismo científico sistemático, o grande
naturalista conde de Buffon (Georges
Louis Leclerc, 1707-1788), nada suspeito de
parcialidade em prol da Religião, admitia atônito: "A descrição
de Moisés é uma narração exata
e filosófica da criação do universo inteiro e da origem de todas as
coisas".
* Os ateus "profissionais" típicos do século XIX,
tiveram que calar perante o grande físico e matemático Ampère
(André Marie, 1775-1836), que proclamava na edição de 1º de
Julho de 1833 na melhor revista científica da
época, a "Revue des
deux Mondes": "A
ordem e aparição dos seres orgânicos é precisamente a ordem na criação
em seis 'dias' tal como descrita no Gênesis (...). Como Moisés
poderia ter uma instrução científica tão profunda como a do nosso século?
Portanto só pode haver sido
revelada".
* E o grande naturalista barão de Cuvier
(Georges, 1769-1832), que estabeleceu as leis
da anatomia comparada e que com o estudo dos fosseis lançou os
fundamentos da paleontologia animal, também naquele fatídico século XIX
advertia contra os evolucionistas: "Moisés
deixou-nos uma cosmogonia, que cada dia mais se verifica admiravelmente
exata. As observações geológicas recentes estão plenamente
de acordo com o Gênesis sobre a ordem em que hão sido criados todos os
seres orgânicos". * Para concretizar, escolhamos as conclusões de Pfaff (Johann Friedrich, 1765-1825) também nos inícios do século XIX, refutando com abundantes provas as apriorísticas pretensões dos evolucionistas: "Se compararmos os dados científicos com a narração bíblica da criação, concluímos que estão de acordo tanto como é possível conceber. Descobrimos, em efeito, na ciência e na Bíblia os mesmos reinos, entre eles a mesma diferença. É dada por Moisés exatamente a seqüência cronológica da sua aparição. O 'caos' primitivo, inicialmente a terra coberta pelas águas, depois emergindo, a formação do reino inorgânico, a seguir o reino vegetal, depois o reino animal tendo como representantes primeiro os animais viventes nas águas, e depois deles, os animais terrestres. Aparece por fim o homem o último de todos. Tal é a verdadeira sucessão dos seres; bem assim são os diversos períodos da história da criação, períodos designados sob o nome de dias". * Perante tal sabedoria na narração da criação, num livro que surgiu num povo e numa época escura, compreende-se que o ex-ateu convertido em famoso orador sacro, padre Lacordaire (Jean-Baptiste Henri, 1802-1861) conclame os ateus daquele mal-intencionado século XIX, a reconhecer: "Surgiu um livro que seria o maior monumento do espírito humano, se não fosse a obra de Deus e ao que mesmo seus inimigos são forçados a render homenagem". * E saindo um pouco da narração da criação, há que concordar com o elogio à Bíblia que a continuação das palavras citadas acrescenta Lacordaire no seu "Considérations philosophiques". Surgido num escuro pequeno povo, esse livro, a Bíblia, supera em todas as linhas os mais destacados luminares da humanidade: "Homero não há igualado o recitado, no Gênesis, da vida dos patriarcas. Píndaro há ficado bem embaixo da sublimidade dos profetas. Tucídides e Tácito não podem equiparar-se com Moisés como historiadores. As leis do Êxodo e do Levítico sobrevoam bem longe sobre a legislação de Licurgo e de Numa. Sócrates e Platão hão sido sobrepassados grandemente pelo Evangelho" como formadores do pensamento humano. * Também em pleno século XIX, Alexandre Soumet (1788-1845) reclamava contra a miopia dos cientistas ateus: "Alto aí! A ciência, hoje, é forçada a se reconciliar em todas suas partes com os ensinamentos junto à inspiração religiosa. Se o naturalista penetra nas profundidades do globo, ai perceberá os seis 'dias' da criação segundo Moisés gravados, camada por camada, sobre o granito. Se o arqueólogo interroga a Esfinge de Tebas, a resposta dela restabelece a cronologia apresentada no livro sagrado. Se a física descobre o sistema das ondulações, resolve que o Gênesis transmita a criação da substância luminosa antes do que a criação do sol. Se a frenologia explora o crânio humano, reencontra os três filhos de Noé nas três raças que se repartiram a Terra. Dir-se-ia que, em expiação das blasfêmias dos cientistas ateus, os gênios não podem mexer em algum mistério sem encontrar-se com o Deus dos cristãos". * E na mesma época, os sábios Demerson, Balbi, Serres e tantos outros insurgiam-se contra as pretensões doentias daqueles cientistas que queriam impor o ateísmo e ridicularizar a Bíblia. Demerson no seu livro e lições de "La Geologie enseignée en vingt-deux leçõns" chamava a atenção para "essa cronologia admirável perfeitamente de acordo com as mais sadias noções da geologia positiva. Não podemos menos de render grande homenagem ao historiador inspirado".
* Balbi, o autor
do "Primeiro atlas etnográfico do globo,
primeiro mapa-múndi etnográfico" rende
profunda manifestação de admiração aos livros do
Pentateuco. "Eles estão de acordo da maneira mais remarcável
com os resultados obtidos pelos mais sábios filólogos, os mais profundos
geômetras (...). Nenhum
monumento, seja histórico, seja astronômico, há podido provar algum
erro nos livros de Moisés".
* E Marcel de Serres: "Se consideramos que na época em que foi escrito o recitado da criação a geologia não existia, e que eram escassos os conhecimentos astronômicos, somos levados a concluir que Moisés não pode haver chegado a tanta exatidão senão como efeito de uma Revelação".
- É conveniente insistir mais uma vez em que
a Bíblia não é um livro de ciência humana. A Bíblia não é para
ensinar os aspectos científicos da criação do universo (ou qualquer
outro tema científico). Neste tema, simplesmente pretende ensinar que todo
o universo foi criado por Deus. Mas é admirável que coincidam
as linhas mestras na Bíblia e na ciência...
Isto está na ordem dos
milagres ou notável Divina Providência como
"assinatura de Deus" para garantir a Revelação religiosa.
CONFIRMAÇÕES DA QUINTA VIA A
CIÊNCIA E A CRENÇA EM DEUS
* Escreve o grande astrônomo inglês contemporâneo Fred Hoyle:
"Observações e fatos, tudo
o que vemos no universo permanece inexplicado
pelos preconceitos e suposições (do acaso, evolução....
como vimos no artigo "O
acaso e a Evolução das Espécies").
Concretamente: no supostamente primeiro segundo, o
universo não é obra do acaso. Quero dizer, o
universo precisava 'saber' com antecedência o que iria
a acontecer, antes de 'saber' como
iniciar a si próprio. Porque de acordo com a teoria do 'Big Bang',
por exemplo, num instante de 10 elevado a menos 43 parte de segundo, o
universo precisa 'saber' quantos tipos de neutrino irão existir no período
de um segundo. Só assim pode funcionar a expansão na taxa exata para
adequar-se ao número final de tipos de neutrino". Pensar
em acaso é loucura. É
preciso reconhecer o Criador infinitamente sábio.
Perante essa reflexão a partir da ciência, Fred Hoyle,
como seu colega P. Glynn e tantos outros, que
antes se declaravam ateus sem saber por quê, converteram-se ao
cristianismo.
* E o recém aludido P. Glynn dedica o
primeiro capítulo do seu livro, sob o título "Um Universo Aleatório?",
a apresentar-nos numerosos físicos contemporâneos que demonstraram
"o princípio entrôpico" (a teleologia
ou enteléquia,
em filosofia), isto é, irrefutavelmente
o universo foi e está explicitamente planejado, tem que existir um
Sapientíssimo Planejador, a quem todos chamam Deus.
* E o professor Fritz
Kahn, no volume I de "O livro da
Natureza", conta uma anedota interessante contra os cientistas
materialistas e ateus: "Em certo congresso, um físico exclamou:
'Procuramos nos explicar reciprocamente algo que nós mesmos não
entendemos´. Então um outro físico (que logicamente aceitava a
teleologia) sarcasticamente retrucou: 'A
física é difícil demais para os físicos' (materialistas). Esta
afirmação (acrescenta Kahn) se conservará
certamente verdadeira para todos os tempos". É evidente. Para quem só
quer ver o universo sem pensar, para quem só conhece física e não quer
raciocinar, para o doente que não quer aceitar a teleologia, ou a enteléquia
ou plano divino incutido na natureza, a física é difícil demais. Sem
Criador o universo não existiria (as quatro primeiras vias) e sem
enteléquia ou programação por Deus o
universo jamais haveria saído do caos
(Quinta Via).
* Patrick Slynn,
doutor em filosofia, professor em Harvard (EUA) e Cambridge
(Inglaterra)... e mais uma vítima do preconceito herdado do século XIX,
sem nunca saber por quê, proclamava-se ateu. Mas por circunstâncias da
sua profissão, teve que estudar o tema. E principalmente pela evidência
da necessidade de um Criador e Ordenador (principalmente Primeira e Quinta
Vias) converteu-se, e escreveu o livro "Deus,
a Evidência. A Reconciliação entre
Fé e Razão no Mundo Atual".
* Por isso no seu "Tratado de Metafísica"
conclui Georges Gurdorf:
"A filosofia, toda quanta, é Teleologia, ou seja, manifestação
do plano divino na ordem do mundo, tanto ao nível dos seres das
coisas como ao nível dos pensamentos" (Argumentos cosmológico e
ontológico, respectivamente).
* Mesmo Voltaire, apesar de todos os esforços de imaginação
estimulados pela sua enorme revolta, teve que declarar-se
vencido e confessar: "O universo me embaraça. Não
consigo imaginar que esse maravilhoso relógio existe e não tenha
Relojoeiro". *
Ou como já afirmava o tantas vezes citado São Boaventura,
o "Doutor Seráfico", e como repetiram milhares de filósofos,
"a filosofia é um itinerário
da mente para Deus". Os que ficam pelo caminho, os ateus, que não
se chamem filósofos (
= amigos da sabedoria)
porque doentiamente não são capazes de levantar os olhos para o fim da
estrada.
* Por isso um bom filósofo, que conhecia também
profundamente a natureza, sabia o que estava por detrás das coisas
criadas. Era o caso do jesuíta padre Teilhard
de Chardin (Pierre, 1881-1955). Sobre sua mesa
de trabalho tinha sempre uma simples pedra. Como conta "No Meio
Divino", por trás daquela pedra encontrava Deus. Teilhard
sabia facilimamente
elevar-se das criaturas ao Criador.
* O acaso como "primeiro princípio" e o caos como
"ordenador" de todo o processo do universo? Protestou Albert
Einstein: "Deus não joga dados (...) Admiro o gênio
matemático que concebeu o universo".
* E Galileu Galilei: "A
matemática é o alfabeto com que Deus escreveu o
universo".
* Auguste Comte, apesar do seu primitivo ateísmo,
teve por fim que reconhecer o absurdo de invocar o acaso e reconheceu a
teleologia ou plano de Deus. A isso dedicou uma boa
parte de sua obra: "Mostrarei
que existem leis tão determinadas para a evolução (relativa) da espécie
humana como para a queda de uma pedra".
* Muito profundamente soube expressar-se
Marie Mitchell: "Qualquer
fórmula que expressa uma lei da natureza é um hino de louvor a
Deus". * Edgar Mitchell, a respeito de todos os astronautas, quando terminou em Dezembro de 1972 o programa Apollo: "Creio que a maioria de nós teve uma profunda experiência religiosa".
* O astronauta Irwin
comentando sua viagem à Lua, disse que suas "vivências
espirituais foram opressivamente fortes".
* E Neil Armstrong: "Nós confirmamos a existência de Deus. Lá acima Ele se torna evidente" (Se é que não fosse já evidente aqui embaixo...).
* Em pleno século da campanha ateísta,
contra todos os ateus dizia um grande conhecedor dos homens, o 18º presidente
dos EUA, Abraham Lincoln (1809-1865): "Acho
impossível que alguém, contemplando o céu possa afirmar sinceramente
que não existe o Criador". * É o mesmo que já consagrara o grande Platão e tantíssimos outros experimentaram: "Para crer em Deus basta erguer o olhar para o céu estrelado".
* Bem soube se expressar o
grande físico, filósofo e político Benjamim Franklin
(1706-1790): "Achar
que o mundo não tem Criador, é pior, incomensuravelmente pior que
afirmar que uma Enciclopédia pode ser o resultado de uma explosão numa
tipografia". - O mundo todo haveria sido o resultado por acaso de um "Big Bang" de um caos por acaso preexistente? Só uma pessoa completamente idiota pode aceitar isso. Só um idiota pode ser ateu. Como é que alguns cientistas modernos podem haver chegado a tal loucura localizada (= parafrenia)? O
GRANDE ARGUMENTO
Muitos são os argumentos da existência de Deus,
apresentados nos artigos anteriores. E ainda gostaria de apresentar outros
muitíssimos argumentos, tantos como são os inumeráveis
milagres, clarissimamente milagres, tanto
mais claros quanto mais se estudam.
Mas, lamentavelmente, por tanto ateu e agnóstico e sectário e
supersticioso que anda por ai..., poucas são as pessoas que conhecem os
verdadeiros milagres. Só conhecem as charlatanices dos curandeiros, médiuns,
pastores exorcistas... E ignoram completamente os verdadeiros fenômenos
Supra Normais, na nomenclatura da Parapsicologia para os verdadeiros
milagres...
Bom, desculpe o prezado leitor a digressão no último parágrafo.
Estava dizendo que muitos são os
argumentos da existência de Deus. E que haveria que acrescentar os
inumeráveis milagres. Como já muitas vezes venho afirmando, O
GRANDE ARGUMENTO, por cima de todos os raciocínios e filosofias mais
ou menos isentos ou suspeitos de soberba humana, da
existência de Deus é constituído pelos milagres, por tantos e
tantas vezes que Ele mesmo assinou
inconfundivelmente. Basta um pouco de boa vontade, de sinceridade, e
com a graça de Deus que não faltará... Possuo muitos testemunhos de
ex-ateus que encontraram Deus na leitura de meus três livros sobre os
milagres. Graças a Deus. AFINAL, QUEM É DEUS?
E
cada um desses argumentos nos abre
uma faceta de como é Deus:
* Magistralmente o expressa no seu "Quem é Deus? Elementos de
teologia filosófica" o padre Battista Mondin,
professor de filosofia e teologia na Pontifícia Universidade Urbaniana,
de Roma: "Em si mesmo, Deus é supremamente, maximamente inteligível
porque Deus é a suma verdade, é
a plenitude do ser. De fato, quanto
mais realidade, mais inteligibilidade".
* Víamos que Deus é o
Primeiro Motor, a Causa Incausada, o Ser
Necessário, a Suma Perfeição, o Criador, o Organizador do Universo,
Aquele a Quem todos buscam com tendência inata, a Inteligência Infinita,
a Beleza Infinita, o Amor Infinito (ou como Ele mesmo se definiu
"Deus é Amor": Jo 4,16), e teríamos
que pôr uma série infinita de etc.,
etc., etc.
* Sem omitir: Único Deus.
Pensar, mesmo que fosse em só dois
deuses é contraditório, pois então nenhum deles seria Absoluto,
Necessário...: contraditoriamente bastaria o "outro deus".
Igualmente contraditório é o
Monismo ou Panteísmo, tudo é deus, pois confundem o Criador, o
Absoluto... com a criatura, o contingente...
Assim se compreende que os cientistas que eram ateus e foram
capazes de pensar, converteram-se ao Cristianismo, não a outras
religiões, como vimos repetidas vezes. Porque muitas das outras religiões
não são respostas à pergunta de se existe e quem é Deus: Budismo,
Hinduísmo... e Candomblé, Umbanda, Animismo... são absurdamente panteístas.
E o Espiritismo nem religião é,
Deus ficaria inerte, substituído por enorme quantidade de espíritos de
todas as categorias, tudo giraria ao redor de espíritos de mortos (como
se os espíritos humanos pudessem existir sem corpo! -pois também negam a
ressurreição-). E o mais importante: a todas as outras religiões falta:
O GRANDE ARGUMENTO... Que o Politeísmo, Panteísmo, Monismo, Espiritismo, Ateísmo, Materialismo... são absurdos, é uma verdade evidente em filosofia, pertence à ciência. Mas não deixa de ser admirável mais uma vez que coincidam a ciência e a Fé, raciocínio e Revelação. Sem a Revelação, naqueles tempos antiqüíssimos e de cultura rudimentar não o poderiam saber os escritores da Bíblia. "O Bendito e Único Soberano, o Rei dos Reis e Senhor dos senhores, o Único que possui em Si mesmo a vida" (1Tm 6,14; cfr. 2Mc 13,4; Dt 10,17; Sl 136,3; Ap 17,14). Deus criou o universo a partir do nada (Gn 1-2; cfr. Gn 2,4-26; 2Mc 7, 28; Sl 104; Jo 1, 1-3; Cl 1, 16s). A teleologia: "Foi pela fé que compreendemos que os mundos foram organizados pela Palavra de Deus" (Hb 11,3; cfr. 2Mc 7,22s.Pr 22-31; Cl 1, 15-17). Etc. * Mas... na mesma essência
divina, junto à Máxima
Inteligibilidade, está também a
Incompreensibilidade
Definitiva. Sempre pode entender-se
mais Dele, mas nunca compreender-se
tudo Dele. Compreender plenamente a Deus seria diminuí-Lo.
Deus não "cabe" na nossa limitada cabecinha. Continua o Pe.
Mondin: "Mas Deus só é adequadamente
inteligível por um intelecto proporcional à Sua realidade, portanto Deus
só pode ser adequadamente compreendido
pelo intelecto divino". Poderíamos recorrer à história e
descobriríamos grandes inteligências que compreenderam a
Máxima Inteligibilidade e a
não-inteligibilidade plena de Deus. Cito uns poucos exemplos nos grandes períodos da história e escolho algumas frases muito engenhosas, quase jogos de palavras:
* Platão: "É muito ousado querer negar
que Deus é. Como também é muito
impertinente querer adivinhar o que Deus é".
* Santo Agostinho: "Podemos dizer que
Deus é, e dizer o que Deus não é. Mas dizer
o que Deus é supera toda capacidade humana"
* O cardeal Nicolás
de Cusa, famosíssimo filósofo e teólogo
medieval: "Deus é uno e trino como
essência. Como criador não é nem uno nem trino. Deus é infinito,
e
nada que a palavra humana possa expressar".
* Kant: "O conceito de Deus é o mais inevitável
para a razão humana. E também impossível
de compreender pela razão humana".
* Confessava o genial engenheiro, matemático, físico, astrônomo e filósofo Henri Poincaré (1854-1912) na Academias de Ciências de Paris: "Por muito longe que a ciência avance nas suas pesquisas, perceberá que sempre há um limite nas suas conquistas. Ao longo das suas fronteiras encontram o Mistério. E por mais que estas fronteiras se dilatem, jamais resolverão o Mistério".
* Porque detrás
da ciência está a Divina Inteligência. Eis a definição teológica:
"Mistério é uma verdade que (...), mesmo depois de comunicada
pela Revelação divina não
pode ser compreendida plenamente".
E mais uma vez, entre tantas vezes, a armonia
entre a Filosofia e a Revelação, entre a ciência e a Fé: "Senhor
temível soberanamente grande,
sua potência é admirável, que vossos louvores exaltem o Senhor segundo
o vosso poder, porque Ele vos
excede: para O exaltar desdobrai vossas forças, não vos canseis, porque
nunca chegareis ao fim. Quem O viu para que O
possa descrever? Quem O pode
glorificar como Ele merece?" ( Eclo
43,29-31; cfr. 1Tm 6,16 ).
* Por Deus ser Admirável Incognoscibilidade,
precisamente por isso é tão importante, o
verdadeiramente importante para o homem é... Dizia Blaise
Pascal (e tantos outros!): Após haver
intelectualmente compreendido a necessidade da existência de Deus,
o que mais importa ao homem é dar
um passo a mais e conhecer o Deus que se comunica, o "Deus de
Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó (...), Deus de Jesus
Cristo". É o Deus
pessoal, que dialoga com os
homens e intervém
constantemente na história com a Revelação, com os
milagres e Divina Providência. É o Deus
que se nos manifesta em Jesus de Nazaré: Deus feito homem e habitando
entre nós, que fica dia e noite por amor a nós no Sacrário, que se faz
o nosso alimento... Conclui Pascal no seu
"Pensamentos", este Jesus
é "o verdadeiro Deus dos homens".
Pe. Oscar G. Quevedo S.J. |