Fotografias Kirlian Fundamentando-se nos trabalhos do croata Nikola Tesla, inventor da bobina indutora que leva o seu nome, os esposos soviéticos Semyon e Valentina Kirlian, realizaram uma série de interessantes pesquisas perto e com alguma influência do centro espacial de Kazakstan, em Alma-Ata. Em 1939 começaram as experiências dos esposos Kirlian. Descobriram um novo tipo de fotografia: "Impressão efluviográfica", "Kirlian-grafia", etc. a partir dessas pesquisas, uma onda de interesse percorreu o mundo, especialmente nos últimos anos. Lamentavelmente, nem todos os pesquisadores foram sérios, pelo contrário, houve muitas interpretações supersticiosas e excêntricas. Em linhas gerais, a Kirlian-grafia consiste no seguinte: com plena escuridão ou luz unicamente vermelha; um filme fotográfico não impressionado; sobre ele se coloca um objeto qualquer; fazendo-se atravessar o objeto por uma corrente elétrica de alta fequência; e aparecece no filme, ao ser revelado, a imagem do objeto coberto e especialmente rodeado de luminosidades muito diversas em tamanho, forma, intensidade, cor, etc, conforme varios fatores envolvidos. O campo de alta frequência é produzido por um oscilador a válvula ou a transistor, podendo variar entre os 74 aos 200 Kilociclos por segundo. É deste campo que deverão emanar íons e descargas elétricas produzindo-se a eletrofotografia de imagem espectral sobre o filme fotográfico. Este efeito foi considerado pelos supersticiosos como fotografias da alma, da aura, do periespírito, do prana, da energia psíquica e curadora, etc... de acordo com o ambiente da supesrtição. É um fenômeno comum, físico, embora possa, como outras muitas técnicas de pesquisa, Ter interesse para a pesquisa parapsicológica, assim como na pesquisa e aplicação médica, agrícola, etc. Não se trata de fenômeno parapsicológico, como pretende uma pseudo-parapsicologia muito difundida... Entre outros fatores que influem nas vaiações do efeito corona, tão familiares aos físicos, a " National Science Foundation", destaca a umidade. A associação que tem a responsabilidade do controle científico nos Estados Unidos, contratou uma equipe de físicos da Universidade de Gonzaga, do estado de Washington, para analisar o "efeito Kirlian" nos seres vivos: homem, animais e vegetais. Após minucioso trabalho, concluiu-se que o "efeito Kirlian" , isto é, o efeito corona, mede o teor em água do objeto fotografado, e somente isso. As misteriosas manchas vermelhas são provocadas pela presença de gotas entre o filme e o objeto. Trata-se portanto de umidade, mais nada, embora as diversas condições do filme, temperatura, voltagem, etc, influem nas diversas variações da medida naquelas circunstancias da umidade. Mas não faltará quem não fique de acordo com a minuciosa e científica verificação e continue acreditando que o "efeito Kirlian" é devido ao corpo astral, periespírito, e demais superstições. Antonio Elegido e Albert Barros Revista de Parapsicologia 20 e 23 |