Juízo Final

     Durante séculos todo o povo como também todos os teólogos e filósofos cristãos pensaram, e ainda hoje a maioria pensa, que haverá dois juízos, o Juízo Particular e o Juízo Universal (ou Juízo Final).

     Juízo Particular seria quando cada um morre. E Juízo Final seria após uma Ressurreição Universal que pensavam que seria no fim do mundo (?!): "Ao som das trombetas" (?!) surgiriam dos túmulos todos os corpos (?!) dos mortos para unirem-se às suas almas que teriam estado separadas (?!) dos corpos, "esperando" (?!) na Eternidade.

     Tal opinião de dois Juízos, é uma coleção de absurdos (já frisados alguns com o sinal "?"), aos que há que acrescentar o absurdo de atribuir a Deus dois julgamentos, pois Deus não troca seu julgamento. Alem do mais é contraditória com o próprio conceito que os teólogos e filósofos cristãos sempre tiveram de Eternidade, sem tempo nem modificação.

     Para resolver a contradição, outros filósofos e teólogos, especialmente mais recentes, citam um conceito dos latinos que falavam de "aevum" : uma relativa atemporalidade, uma relativa aespacialidade, um tempo que não seria tempo, um espaço que não seria espaço... A contradição não diminui, na realidade ainda se acrescenta uma outra contradição. Mas..., no fundo podemos admirar esse conceito de "aevum" como uma intuição aplicando-a ao Purgatório e ao Juízo durante a morte aparente, entre a morte clínica e a morte real,,, , quando não estamos nem vivos nem mortos, somos morrentes e ressuscitantes, "não estamos nem no aquém nem no além,  Não entenderam bem a Bíblia, que não se mete em disquisições filosóficas.

     A Revelação, e o Dogma, simplesmente ensina que cada um (Juízo Particular) e todos (Juízo Universal) seremos julgados por Deus, um só Juízo, Juízo Final.

Oscar G. Quevedo S.J.

 

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