JESUS - LÍDER POLÍTICO?

Jesus e os primeiros cristãos pretendiam um movimento político?- NÃO

1º - JESUS. São muitas as palavras e atitudes de Jesus que demonstram claramente que:

* "Meu reino não é deste mundo" (Jo, 18,36):

* "Dai ao César o que é do César..." (Mt 22,21).

* Justamente para evitar a conotação política que os judeus esperavam, Jesus evita sempre o título de Rei e inclusive o de Messias, só confirmando-os em particular e no sentido exclusivamente religioso.

* Critica Herodes, o rei dos judeus, contra Pilatos, o representante da dominação pelos romanos (Lc 13,32).

* E critica também o Sinédrio ou autoridade judaica (numerosos textos).

* Passa por alto o "estandarte" dos judeus: "Destruí este templo..." (Jo 2,19).

* Ameaça com o castigo de Israel (Mt 19,28) e o anuncia (Mt 25, 15-35).

* Prega e atende aos samaritanos, "separatistas" políticos (numerosos textos).

* Quando furiosos os judeus lhe comunicam a chacina de galileus ordenada por Pilatos, Jesus nada de aproveita-la para insubordinar o povo contra os romanos, tudo o contrário (Lc 13,2).

* Não prega a luta armada ou "jus gladii", a vingança, a lei do talião ou olho por olho, ou "guerra santa" maometana..., senão pelo contrario recomenda "pôr a outra face" (Mt 5, 39-41).

* Seus doze escolhidos e aos que se dedica de modo todo especial para instruí-los durante todo Seu ministério, chamo-os Apóstolos. Ora, apóstolos significa enviados. A pregar o Evangelho por todo o mundo haveria de envia-los. Completamente incompatível com qualquer intenção política no ministério de Jesus e dos Apóstolos.

- Igualmente os primeiros cristãos:

* No ano 50, isto é, só 20 anos após a morte de Cristo, naquele mundo em que qualquer novidade se transmitiria bem mais lentamente, São Paulo conservava ainda e repetia a mesma norma anti-política de Cristo: "Pagai... o imposto a quem é devido, a taxa a quem é devida" (Rm 13,7).

* Na primeira revolução dos judeus, a Igreja de Palestina não somente não aderiu, senão que fugiu a Péla (Macedônia).

* E analogamente, na segunda revolução dos judeus, os cristãos foram perseguidos por Barchbá.

 

Pe. Oscar G. Quevedo S.J.

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