Purgatório |
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De alma a alma potencialmente não há nenhuma, ou pouquíssima, diferença. A diferença entre um bebê abortivo e um gênio está no cérebro. Não é a alma que vai se desenvolvendo, é espiritual, o que vai crescendo é a colaboração do cérebro à medida que vai desenvolvendo-se. Um gênio recebe um golpe forte na cabeça e vira deficiente mental, Um deficiente tem um “estalo”, ou após uma cirurgia cerebral, ou.... e vira um gênio. Não foi a alma como tal que foi golpeada ou que sofreu uma cirurgia, senão o cérebro. Portanto..., quando após o 8º dia, com um corpo mais glorioso ou ressuscitado do que físico e mortal, no bebê, como no pagão, o corpo deixará de atrapalhar e suas almas terão plena manifestação do conhecimento paranormal (PG) e conhecerão plenamente a doutrina cristã, e poderão escolher com plena conhecimento de causa. O Purgatório tem que ser, salvo excepções como antes frisávamos, entre o 8º e 21º dias após a morte. Na eternidade não há tempo nem modificação. A Purificação não é questão de tempo..., senão de sinceridade e profundidade. “Mais vale um ato intenso que mil remissos”.
Bases Bíblicas e Doutrinárias do Purgatório 1. Bases Bíblicas: Antigo Testamento: (Malaquias 3, 18-20) (Macabeus 12, 41-46) Novo testamento: Mt 12, 31-32 / Mt 12,40 / Lc 16, 19-26 / At 2, 31 / 1 Cor 3, 11-15 / Rm 10, 7 / Fl 1,6 / Fl 3, 12-16 / Ef 4,13 Paulo não fala de "purgatório", mas de Processo de Crescimento na Perfeição.
2. Práticas de rezar pelos mortos antes da era cristã: Era costume rezar pelos mortos nas celebrações fúnebres da religião do Egito antes de Cristo. Existem práticas similares na religião órfica da Grécia. 2 Mc 12, 38ss relata tais costumes em Israel no século II ªC. 3. A prática da Igreja de rezar pelos mortos: A prática de rezar pelos mortos se estabeleceu no contexto cristão pelo menos a partir do século II d.C. e se mantém até hoje: "Se os filhos de Jó foram purificados pelo sacrifício de seu pai (cf. Jó 1, 5), porque duvidar de que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leve alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles."
4. Primeiras reflexões sobre um "purgatório": Tertuliano (sécs II, III) (De anima, adversus Marcionem, IV. 34; De corona militis, III, 2-3) Texto do início do século III: Paixão de Perpétua e de Felicidade Clemente de Alexandria e Orígenes 5. Agostinho: As bases para a doutrina de um purgatório. 395 – 398 d.C: Confissões IX, XIII, pp 34-37 (texto sobre a morte de sua mãe) 426-427 d.C. : Cidade de Deus XXI, cap 26 (Exegese de 1 Cor 3,13-15, há um fogo expurgatório entre a morte e a ressurreição) 6. Primeira definição do purgatório: 1254 d.C Dentro da controvérsia entre a igreja grega e a latina, o papa Inocêncio IV, numa carta oficial de 6 de março de 1254, formula uma definição do purgatório a ser aceita pela igreja grega. 7. Segundo Concílio de Sião 1274 d.C (Dentro do contexto da união exigida entre a Igreja Grega e a Latina.) Num anexo da Constituição Cum Sacrosancta, o Concílio menciona as "penas do purgatório", compreendidas em termos de um processo purgatório. (Não se fala nem de "lugar", nem de "fogo". 8. A partir do século XIII, o purgatório é considerado "uma verdade da fé". Grande êxito na catequese. Responde às aspirações das massas dos fiéis" e às prescrições da Igreja" 9. Instauração definitiva como dogma Concílio de Ferrara- Florença (1438) (Decretum pro Graecis: D 693 (1304) Concílio de Trento (1563) Sess. 25, de invocatione, veneratione et reliquis Sanctorum et sacris Imaginibus: D 948-988 (1821-1824) Sess. 25, Decretum de Purgatorio: D 983 (1820) Sess. 6: Decretum de iustificatione, cân. 30, D 830 (1580) Também estes Concílios não definem o purgatório nem como "lugar" nem como "fogo". 10. Concílio Vaticano II Confirma as definições dos Concílios anteriores Cf.: Lumen Gentium 51
Textos extraídos do livro: "Escatologia da Pessoa – Vida, Morte e Ressurreição" – Editora Paulus – Autor Renold J. Blank |