Reações ao Milagre do sangue de São Genaro

1) "Tem que ser natural". A atitude dos racionalistas e sequazes costuma ser simples. Geralmente não explicam o fato do Sangue de São Genaro e análogos. Nem pretendem explicá-lo. Assim, simplesmente.

RESPONDO. Simples demais... Ou simplório!

TRUQUES ?

      E, quando as pessoas com um mínimo que seja de sensatez, exigiam mais do que meros "tem que ser natural", os cientistas racionalistas passaram a pretender concretizar: 

*** 2) "Tem que ser truque". É a "explicação" vice-campeã na difusão.  Afirmação peremptória: "Tem que ser truque feito pelos bispos e padres católicos que apresentam as ampolas ao povo".

 --- RESPONDO. Geralmente também não concretizam. Simples demais. Ou simplório. 

*** 3) Substituição da ampola? O prestigioso astrônomo Lalande, até então agnóstico, vítima do ambiente entre tantos cientistas, refere detalhadamente como aderiu à fé católica após comprovar vários milagres de São Carlos Borromeu e São Francisco de Assis, e após presenciar o milagre de São Genaro. A respeito de São Genaro, Lalande recolhe e ridiculariza algumas modalidades da acusação de truque que seria realizado por bispos e padres católicos:

    "Büsching fala de um velho cônego de Nápoles que haveria confessado que substituíam astutamente a ampola com sangue coagulado por outra com sangue líquido".

 *** 4) "O ostensório inteiro é trocado, dizem outros", segundo transmite o citado Lalande. 

*** 5) Segredo com ar? Continua transmitindo Lalande: "Jean Hubner na sua Géographie Universelle assegura que um sábio alemão mostra em Berlim o segredo de compor um líquido com os  mesmos efeitos que o sangue de São Genaro: basta deixar entrar na ampola um pouco de ar para que aquela substância coagulada se liquefaça". 

*** 6) Ouro e cinabre com mercúrio? "O príncipe de San-Severo haveria mandado fabricar umas ampolas iguais às de São Genaro, cheias com uma amálgama de ouro e de mercúrio, com cinabre que imita pela sua cor o sangue coagulado. Para liquefazer essa amálgama há nas bordas do relicário um reservatório de mercúrio líquido; basta inverter o relicário para que o reservatório se abra deixando o mercúrio escorrer sobre a amálgama, liquidificando-a".

 --- RESPONDO. Lalande demonstra a total falta de provas e mesmo o absurdo de todas essas  acusações de truque.

   Sou padre católico, e estou muito acostumado às calúnias contra bispos e padres, com as quais certas pessoas, negando-se aprioristicamente a ouvir qualquer prova, costumam retrucar contra qualquer milagre que apresento.   Mas também sou especialista em mágicas... E reconheço que não consigo imaginar nem para o mais hábil mágico de todos os tempos um truque como os que aqueles bispos e padres estariam fazendo, eles!, perante tantos e tais pesquisadores!, durante tantos séculos! E qual outra mágica conseguiria que durante tantos séculos se guardasse o segredo, sem nunca filtrar-se nem algum mínimo detalhe com um mínimo de possibilidade? Todos os pesquisadores, os antigos e os modernos, químicos, físicos, radiologistas etc. foram e são tão curtos de vista, que nem com suas grandes lentes e microscópios conseguiram encontrar os tais reservatórios e a tal abertura para a colocação tantíssimas vezes do mercúrio e para a abertura no interior para a saída do mercúrio, ou do ar, ou... seja lá o que for aquele prodigioso material.

    Como ironizou o romancista Alexandre Dumas, essa suposição de truques seria muito mais maravilhosa que o milagre que pretendem rejeitar. 

*** 7) Sangue de cordeiro com cálcio? A partir de século XVI protestantes calvinistas haviam concretizado um outro truque e o "garantiam" aos quatro ventos: "trata-se de sangue de cordeiro que se liquefaz pela reação ao cálcio furtivamente introduzido". Certos cientistas ainda repetem a acusação.

 --- RESPONDO. Pena que nenhum daqueles pregadores protestantes explique como se introduz cálcio, ou qualquer outra substância, na ampola sem que esta "proteste" quebrando-se...

    Em todo caso, já no século XVII, o médico Dr. Fortúnio Liceto, para protestar contra o desprezo com que os napolitanos trataram a hipótese protestante, quis demonstrar ao menos que o sangue coagulado de cordeiro se liquidifica acrescentando-lhe cálcio... E demonstrou inapelavelmente que com o cálcio o sangue se endurece ainda mais!

*** 8) "Explicação" por professor da Universidade de Nápoles. O professor A. Albini pretendia ridicularizar o milagre de São Genaro, acenando para outro truque. Após muito pesquisar, por fim haveria conseguido demonstrar que uma solução de chocolate, polvilho, açúcar, caseína, soro de leite, sal e água permanece em estado sólido quando em repouso, e se liquidifica quando é agitada. E pronto, a descoberta foi exaltada em muitíssimos meios de comunicação do mundo inteiro, como se assim se houvesse demonstrado que esse era o truque do sangue de São Genaro!

  --- RESPONDO. No milagre de São Genaro é mesmo sangue. E, mesmo quando em repouso, muitas vezes é encontrado já liquidificado. E, mesmo violentamente agitado, muitas vezes não se liquefaz. E, mesmo quando agitado, muitas vezes se solidifica. A descoberta do Prof. Albini é muito interessante para mágicos de bar e para cientistas racionalistas (isto é,  irracionais). 

*** 9) "Explicação" por professores da Universidade de Pavia. Outro truque foi descoberto (?!) em 1991. A "explicação" desta vez alcançou ainda maior acolhida científica (?!), e maior difusão publicitária:

    No Brasil, a revista Isto é, sob o título Ciência. Alquimia da Fé, que bem prova o recalque apriorístico dos autores, comunicava que o "cientista italiano Luigi Garlaschelli, do Departamento de Química Orgânica, da Universidade de Pavia (...), em conjunto com outros dois pesquisadores italianos, Franco Romacini e Sérgio della Salla (...haviam) reproduzido o fenômeno da liquidificação do sangue de São Genaro".

  Copio, para citar outro jornal, de O Estado de S. Paulo em nota publicada sob o pomposo título Cientista reproduz milagre de S. Genaro:  "A informação foi publicada na revista Nature, em um artigo do cientista Luigi Garschelli, da Universidade de Pavia. No artigo, Garschelli disse que conseguiu produzir um gel com propriedades semelhantes ao (chamado) sangue do santo. O produto é bastante prosaico. É feito a partir de uma mistura de carbonato de cálcio - o mesmo material que compõe o giz - com cloreto de ferro hidratado, ligeiramente diluído em água salobra. Submetido a uma agitação suave, o produto, de cor marrom escuro, se converte em líquido. Depois de um breve período de repouso, a mistura volta a se coagular. Esse processo pode ser repetido várias vezes. Os pesquisadores italianos acreditam que os alquimistas da Idade Média conheciam a mistura e poderiam ter chegado ao mesmo resultado obtido na universidade".

   Esta "explicação" foi descoberta numa universidade! E publicada originariamente nada menos que em Nature! Na revista mais prestigiada entre os cientistas!

 --- RESPONDO. Prestígio merecido..., se pudemos prescindir do ridículo racionalismo habitual, quando saem dos fenômenos e métodos plenamente materiais. Mas, pelo visto, para esses cientistas (?!) não tem importância que no caso de São Genaro se trate mesmo de sangue humano, não de gel... Que os efeitos com esse gel sejam sempre invariáveis (o fenômeno de liquidificação do gel chama-se tixotropia), e com o sangue de São Genaro absolutamente variáveis ou livres. Etc. Se houvesse que conceder um Prêmio Nobel para a "explicação" mais ridícula, aqueles cientistas e os diretores da revista Nature, neste caso, são insuperáveis... 

*** 10) "Explicação" por professor da Universidade de Nice. E mais recentemente teve muito êxito e difusão Henri Broch, que além de físico da Universidade de Nice (França), é membro do comitê internacional que publica quadrimestralmente a revista The Skeptical Inquirer, pretendidamente para a "pesquisa científica das pretensões de paranormal". Broch, elogiado por todos os cientistas agnósticos (isto é, etimologicamente, que não pensam)... percorre o mundo propagando que o "pretendido" sangue de São Genaro é feito com um corante vermelho extraído das raízes de uma planta mediterrânea. Misturado com mel de abelha o corante fica líquido ou sólido de acordo com a temperatura. Brock chega inclusive a afirmar que a fórmula havia sido redigida para ser publicada no Dicionário Larouse no século XIX, mas... lamentavelmente foi retirada.

 --- RESPONDO. Nem os racionalistas do século XIX se atreveram a publicar no Larouse semelhante "explicação". Tal só fica para os membros do "Commitee for Scientific Investigation of Claims of the Paranormal".  Mais uma vez tais cientistas (?!), porém, "esquecem" que foi cientificamente comprovado que no caso de São Genaro se trata mesmo de sangue humano. "Esquecem" que a liquidificação é completamente independente da temperatura e suas variações. E aquele tal corante vegetal e aquele tal mel ficariam incorruptos tantos séculos? E trocaria de cor? E de volume? E de peso? Etc. Na sua tão absurda hipótese sem haverem pesquisado alguma vez diretamente o caso do sangue de São Genaro, fica cientificamente claro que Broch, como toda sua turma de materialistas (isto é, que não podem pensar) e o "Committee", é sceptical, sim; mas inquirer e scientifiquic, certamente não. 

CAUSAS OCULTAS ? 

    E depois, talvez por compreender que a calúnia de truque não merece a mínima consideração, outros cientistas ateus (isto é, a toa), foram inventando outras muitas "explicações": 

*** 11) Exalações do Vesúvio? Copio de um grande especialista em fenômenos SN (supranormais), milagres, verdadeiramente científico, o padre Postel, referindo-se sem querer nomeá-lo a um cientista racionalista: "Há um imbecil, lamento não saber (?) seu nome, que atribuiu o fenômeno às exalações subterrâneas do Vesúvio".

 --- RESPONDO. "Faltaria  explicar como é que essas exalações agem exclusivamente sobre o sangue de São Genaro", e com tal precisão nas datas habituais, e de tão diversas formas...

 *** 12) Ou outras causas naturais... desconhecidas Fica completamente sem sentido a objeção que repetiu o cardeal Newman: não pode ser milagre a liquidificação do sangue de São Genaro porque se realiza lentamente, como - compara ele - as curas atribuídas aos jansenistas e outros curandeiros. "Um efeito progressivo deve considerar-se característica das operações da natureza".

 --- RESPONDO. É só erro de informação do grande teólogo anglicano, o "Platão de Oxford", que após sua conversão ao catolicismo, com muitos outros sacerdotes anglicanos, foi alçado à honra do cardinalato pelo papa Leão XIII. Tanto se caluniava o milagre de São Genaro, que o Cardeal Newman foi de antigo na onda arrastado pelos seus colegas cientistas anglicanos... Se posteriormente se houvesse informado melhor, sem dúvida o cardeal Newman haveria sabido que a liquidificação, como tal, nunca demora mais de minutos em realizar-se, ou então não há liquidificação. Se bem informado haveria compreendido que na realidade, a grande variedade de liquidificação ou não do sangue de São Genaro é prova de que não se trata de leis da natureza. 

CAUSAS OCULTISTAS ? 

    Com o advento da Reforma Luterana, o preconceito levou muitos teólogos protestantes chamados liberais (isto é, que se concedem a liberdade de não pensar) a uma atitude realmente curiosa, quase contraditória. No afã de não admitir os milagres de Deus, passaram a admitir "explicações" ocultistas (!): 

*** 13) O poder da simpatia?. O famoso teólogo protestante David Friedrich Strauss (1808-1874) aderiu e capitaneou a "explicação" da liquidificação pelo poder oculto da simpatia (?!) entre o sangue e a cabeça de São Genaro, quando são postas uma diante da outra.

 --- RESPONDO. Simpatia do sangue morto?! (incorrupto, mas absolutamente morto). Simpatia de uma caveira?! Mas, mesmo contra essa "explicação" esotérica, acontece que o sangue liquefaz muitas vezes em ausência do crânio... 

    Propondo Strauss tal "explicação" do milagre de São Genaro, compreenderá o leitor que nada podem valer em Ciência os escritos sobre milagres desse mesmo apriorístico Strauss. Considera mitos todos os milagres, começando pelos dos Evangelhos. Compreensível que este delirante teólogo luterano terminasse renegando do Cristianismo e que nos últimos anos da sua vida se afundasse no mais ignóbil materialismo...

    Mas que tenha arrastado milhões de seguidores... (Inclusive muitos teólogos católicos, os chamados modernistas, e ainda hoje seguidos por muitos teólogos... "moderninhos"), que evidentemente nada absolutamente sabem de Parapsicologia, de ciência aplicada aos fenômenos incomuns.

*** 14) "Bio-energia", "força vital", "duplo etérico", "perispírito" e outras pretendidas forças ocultistas, muitas vezes em si mesmas contraditórias.

  Assim os pastores luteranos Mongin e Cavalli, conhecidos entre os supersticiosos de toda classe de ocultismo, pouco inclusive entre os fiéis da sua própria igreja luterana, "explicam" a liquefação do sangue de São Genaro "porque possui um resíduo vital".

 --- RESPONDO. As  pesquisas demonstram que se trata de sangue morto. Em todo caso temos de protestar.: Esses protestantes, que na sua ânsia de negar os milagres católicos acodem ao ocultismo, não podem ocultar como é que sem milagre o sangue conservaria resíduo vital tantos séculos depois da morte.  

 *** 15) Alquimia? Não resisto a citar mais esta objeção, precisamente por haver surgido no agradável ambiente de confiança que reina nas aulas de pós-graduação de parapsicologia. Uma jovem, mais espontânea, interrompeu minha exposição para reclamar tão simpática como intempestivamente: "Essa multiplicidade de vidros com o pretendido sangue de São Pantaleão, e de tantos outros santos, não está a indicar que se trata de algum outro tipo de líquido por artifícios dos antigos alquimistas?"

 --- RESPONDO. Ainda ficaria para a simpática e espontânea objetante explicar, concretamente a respeito do sangue de São Pantaleão, por que se liquidifica sempre e só no dia 27 de julho, aniversário do martírio, em tão diversos lugares e climas...

    "Por outro lado -acrescentei- você sabe que em todo e cada tipo de fenômenos parapsicológicos, sobre a categorias de extra-normal e para-normal há milhares e milhares do mesmo tipo de fenômenos enormemente superiores, Supra-normais. Há milhões de milagres. A multiplicidade de milagres não pode invocar-se contra sua realidade, tudo pelo contrario, é mais fácil a comprovação e seria mais fácil a aceitação e divulgação, se não fosse pelo preconceito de tantos cientistas que os negam sem estudá-los. 

E AGORA... CERTOS PARAPSICÓLOGOS 

*** 16) "A vontade dos fiéis e especialmente das 'tias de São Genaro' ("zie di San Gennaro", como os napolitanos chamam a um grupo de mulheres, fãs entusiastas do santo) exterioriza uma força parapsicológica realizadora da liquidificação e solidificação". É o que já em 1905, nos albores da Parapsicologia, sugeriam como hipótese de trabalho a ser pesquisada, os parapsicólogos italianos Di Pace e Fusco. Eles chamavam energia psicodinâmica ao que hoje chamamos telergia.

   Hoje intervém a Micro-Parapsicologia da escola norte-americana, mais uma vez mostrando que quase nada entende de Parapsicologia quando sai de certos aspectos de PG, as manifestações de ESP em laboratório mensuráveis por estatística matemática. É o efeito deletério do exclusivismo no método materialista de pesquisa...

    Assim, o micro-parapsicólogo e fecundo escritor Dr. David Scott Rogo, com ares de mestre defende e espalha... Desculpe o leitor que copie um longo trecho do mais divulgado entre os livros de Scott Rogo:

  "Essa emoção arrebatada, direta e continuamente focalizada nos frascos de sangue quando estes são exibidos ao público, pode ser (?) o ingrediente básico do milagre" (não tem nem idéia da definição de milagre ou fenômeno SN).

   "Vale notar também que 'as parentas de São Januário', aparentemente (?) imprescindíveis para a consecução do milagre, herdam essa honra e posição de suas antecessoras. O posto tem sido passado de mãe para filha há séculos. As primitivas 'parentas' seriam mulheres de paranormalidade (?) especial escolhidas pelas autoridades eclesiásticas de Nápoles (outra espécie da clássica calúnia), há gerações, porque possuíam o Dom necessário à catalisação do milagre? (no seu preconceito não percebe que está imaginando o entusiasmo "catalisador" antes das primeiras liquidificações geradoras do entusiasmo!). Teriam eles transmitido geneticamente esse poder às suas sucessoras?" (Contraditoriamente o micro-parapsicólogo pensa que simplesmente pondo uma interrogação já valoriza como aceitável cientificamente tão absurda hipótese -apesar de não ser de laboratório e por estatística).

    "Dado que as emoções da multidão constituem provavelmente (?) apenas um catalisador e não causa da liquefação (qual é a causa: natural ou supra-normal? Isso é que interessa!), é possível (toda a "argumentação científica" contra os fatos na base de hipóteses!) que o campo que afeta o sangue, seja ela qual for (prescinde justamente do que importa saber!), também provoque sua liquidificação espontânea (provoque e espontânea são termos contraditórios!). Essa teoria (teoria? Até agora não passou de mera hipótese imaginativa e mesmo absurda!) explicaria (?) igualmente o  sangramento da pedra de Putéolos ( esperemos que não esteja querendo sugerir que a pedra se contagia pelo entusiasmo!). Ao longo de anos de veneração pública, o bloco de mármore pode (?) haver sido psiquicamente envolvido por um campo similar ao que afeta o sangue de Nápoles (o que foi primeiro? A liquidificação que causou a veneração, ou a veneração que causou a liquidificação?). Quando o sangue se liquefaz em Nápoles, o campo psíquico (oh!, lindo nome como disfarce da inexistente PK!) que afeta a pedra em Putéolos é catalisado por algum tipo de ação à distância" (a tal Psi-Kappa- PK!).

   E com a mesma pouco menos que todo-poderosa faculdade paranormal (?), a inexistente PK, quer explicar todos os milagres, quando não fossem truques. Todos. Absolutamente todos. Isto é, para este destacado representante da Micro-Parapsicologia, ao longo do seu bem-sucedido livro (simplesmente um amontoado de confusões, contradições, meras hipóteses...)  não há nenhum milagre, tudo é simplesmente... a inexistente PK, disfarçada sob o nome de "campo psíquico" criado pela emoção.

 --- RESPONDO. Precisa? Com tão apriorística imaginação e coleção de erros é desvario pretender incriminar fato tão documentado  e tão estudado...

 *** 17) Aporte PN? O querido amigo, e meu aluno de Parapsicologia durante só uns  meses, Pe. Enrique Novillo S.J. lamentavelmente foi "especializar-se" (?!) na América do Norte. E voltou "americanizado" na Micro-Parapsicologia. Para ele, como para os seus professores, o famosíssimo Joseph B. Rhine e equipe, "claro está que o que acontece com o sangue de São Genaro não pode ser milagre. É simplesmente PK, psicocinesia paranormal". E o querido Pe. Novillo, diretor do Laboratório (só com estatística!) de Parapsicologia na "Universidad del Salvador", em Buenos Aires, acrescentava concretizando: "É aporte (algo lembrava das minhas aulas; aporte não é termo da Micro-Parapsicologia), realizado por PK. Por aporte paranormal sai da ampola o sangue coagulado, e por aporte psicocinético (PK) entra na ampola sangue, líquido, de alguém dos presentes naquela situação de histeria coletiva. Tudo por PK".

 --- RESPONDO. Não precisamos aqui lembrar as provas de que o aporte é por telergia e não por PK, que o aporte é EN e não PN, etc.

   A Micro-Parapsicologia deveria explicar-nos, sem cair em novas contradições, como é que essa tal de "PK", ou "campo psíquico", como "causa" ou como "catalisador" ou seja como for, consegue ser tão precisa 1) para retirar da ampola o sangue coagulado sem que apareça em nenhuma outra parte... 2) Ou é em Pozzuoli que aparece, havendo-se liquidificado pelo caminho?! 3) Para que o sangue líquido das "parentas" caia precisamente dentro, nunca ficando na parte externa da ampola ou do vidro do relicário, ou em outras partes dele, ou... 4) Para inúmeras vezes de novo retirar instantaneamente todo o sangue líquido, e fazê-lo desaparecer, 5) e no mesmo instante introduzir sangue coagulado que estava "escondido", 6) ou é que a tal de PK tira das "parentas de São Genaro" sangue coagulado?! 7) Mas há um detalhe muito importante no qual quero insistir: lembra o leitor das palhinhas que foram recolhidas junto com o sangue do mártir? Como é que, no aporte para retirar o sangue líquido e depois o sangue coagulado, a tal PK consegue separar as  palhinhas sempre do sangue? 8) Como é, se não se tratasse sempre do único e mesmo sangue, que as palhinhas ficam exatamente sempre iguais, na mesma forma, no mesmo lugar, na mesma posição tanto quando o sangue está líquido como quando está sólido? "Eu só queriaentender"...

    Etc. etc. Não precisa a Micro-Parapsicologia esforçar-se tanto em demonstrar que nada entende de Parapsicologia quando sai, louvavelmente!, desse pequeno detalhe da ESP agindo em Laboratório em condições de medir-se estatisticamente. E certamente os milagres do sangue de São Genaro, e análogos, e todos os milagres, não são em laboratório e por estatística... Ridículo! E pretendem substituir os milagres por essas... elucubrações de PK, mais "milagrosas" se não fossem absolutamente delirantes!

 *** 18) As emoções do próprio mártir? Mais adiante no seu tão divulgado livro, Scott Rogo pretende concretizar... E de novo peço perdão ao leitor...:

     "Muitos parapsicólogos (ou ocultistas?)  acham (Ciência não é opinião; é o cúmulo do anticientífico pretender com hipótese tão sem fundamento incriminar fatos tão documentados) que uma casa que tenha sido palco de emoções intensas ou violentas pode tornar-se 'carregada' (ocultismo supersticioso) de força psíquica (?) (...)."

    "As violentas emoções que acompanharam a decapitação de São Januário em 305 d.C. carregaram (?) paranormalmente (?) o sangue com um campo psíquico (?) que de alguma forma (e de quantas formas!) regula (?) sua liquidificação (e incorrupção e solidificação e independência de todos e de tudo deste mundo!). O sangue é, na opinião deles, um objeto 'assombrado'". 

*** 19)  Ou as emoções da multidão? E o impagável Scott Rogo concretiza também de outra maneira: "Por mais convincentes (?) que essas idéias (da assombração! pelo próprio São Genaro na morte!) (...) possam parecer, elas não deixam de ser incompletas (...). Embora essa teoria (?) possa ser correta (?), não toma em consideração outro fator importante: as emoções da multidão que participa das celebrações na Catedral de Nápoles".

 --- RESPONDO. Prezado leitor, é preciso perder tempo em refutar tanto delírio? Não é a casa (nem o sangue nem nenhum outro objeto) que está "assombrada".  A casa ou qualquer outro objeto serve de pergunta implícita ao que o inconsciente adivinha relacionado com eles. Nenhum fenômeno parafísico acontece a mais de 50 metros de distância da pessoa que o realiza com sua telergia. A Micro-Parapsicologia não sabe nem sequer isso...

    Ora, o sangue de São Genaro, e em casos análogos,  inúmeras vezes se liquidifica na ausência de todos, como por exemplo o Dr. Hans Bender demonstrou deixando máquinas automáticas filmando as ampolas dias e noites inteiras.

   Se "carregar paranormalmente" alguma casa ou objeto constituindo o tal "campo psíquico" ou a tal "PK" dependesse "das violentas emoções que (concretamente) acompanharam a decapitação de São Januário", a Micro-Parapsicologia teria de explicar por que só e muitos mártires católicos apresentam o fenômeno da incorrupção e liquidificação do sangue e não ao menos uma outra pessoa entre tantíssimos milhões de pessoas violentamente trucidadas em outros muitos ambientes.

 ATAQUE "DIABÓLICO" ?

     Em contrapartida ao racionalismo de tantos cientistas, surgiram também reações pelo extremo contrário, umas corretas, outras absolutamente incorretas. Concretizemos..., entre muitos casos semelhantes:

*** 20) Ataque pelo Diabo? Referem os irrecusáveis historiadores Bolandistas que um príncipe saxão (concretamente do principado Saxe-Coburgo-Gota constituído em 1826) visitou Nápoles, tendo como secretário e intendente o pastor luterano Fauner. Assistiram à liquefação do sangue de São Genaro. O Pr. Fauner não encontrou outra saída melhor do que rir, acrescentando ao movimento do riso "amarelo" uma certa pantomina com os braços e pernas (Pode haver sido puro nervosismo perante o evidente milagre tão em contra do que acreditava até então). 

    Uns cônegos "intolerantes" pediram-lhe polidamente que ficasse tranqüilo. Outro cônego, Mons. Hector Papirio, homem grave, sábio, atencioso com os estrangeiros, após um pouco tempo de surpresa aproximou-se do pastor e lhe disse em voz baixa: "Se o senhor deseja algumas explicações e esclarecimentos, com muito gosto presto-me a fornecê-los em particular". O príncipe, que escutou e estava vivamente impressionado pelo que estava vendo acontecer com o sangue de São Genaro, aceitou imediatamente unir-se às explicações que se ofereciam  ao pastor luterano.

   Foram, príncipe e pastor, ao encontro do cônego católico. As explicações e respostas a quanto perguntaram foram tão completas e satisfatórias que o príncipe alemão publicamente adjurou do Luteranismo e foi admitido na Igreja Católica.

 --- COMENTO. Perfeita a reação do príncipe: pelos milagres, assinatura de Deus, cientificamente verificados, é que se deduz qual é a única Doutrina Revelada por Deus, entre 56.000 religiões inventadas pelos homens em procura de completar a evidente necessidade de transcendência...

    Mas...:

Por sua parte o intendente, o pastor, reconheceu que "a liquidificação era um fato incontestável, e evidentemente sobrenatural, que nenhuma explicação humana ou natural podia explicá-lo. Mas que tinha por autor... o Diabo!".

    Principal "argumento" (segundo ele e seus seguidores!): Deus não faria um milagre em ambiente e em favor da doutrina católica, portanto esse milagre só poderia haver sido realizado pelo Diabo! A interpretação do Pr. Fauner divulgou-se amplamente na Alemanha e "foi adotada por um bom número de protestantes".

 --- RESPONDO. O pastor protestante por preconceito inverte o processo. Mas não é válido pela doutrina, em si mesma inobservável, julgar do fato, observável; é pelo fato milagroso que se demonstra que a doutrina foi revelada por Deus e não inventada pelos homens. Não é das teorias que se deduzem os fatos, senão dos fatos que se deduzem as teorias.

 *** 21) Milagre do Diabo? Ou falta a conclusão? Também Konrad Falke, protestante, sinceramente reconhece impressionado o fato absolutamente inexplicável que viu e observou nitidamente.

   Não podemos deduzir que o considerasse como "milagre" do Diabo (?!), precisamente porque o publica na revista Nova Bruxaria.

 --- RESPONDO. Mas também não consta que "absolutamente inexplicável" para ele significasse SN, milagre, de  Deus... Embora é certo que fenômenos SN só em ambiente divino. E é claro que Deus jamais permitiria que o Diabo falsificasse a "assinatura divina" enganando invencivelmente aos homens...

   Em todo caso há muitos aos que o preconceito não permite tirar a conseqüência verdadeiramente lógica: É milagre.

 "INDIGNO DE DEUS" ?

 *** 22) Ambiente "infernal"?  De certa maneira no mesmo sentido "diabólico", não ao extremo absurdo de atribuir milagres ao Diabo, mas no sentido de destacar o ambiente que seria "infernal", que seria indigno ao redor do sangue de São Genaro, novamente exagera e mesmo mente pelo preconceito o micro-parapsicólogo Scott Rogo, como porta-estandarte do racionalismo:

   "O milagre (confunde-o com qualquer fenômeno admirável) tradicional manifesta-se no contexto de um elaborado festival (?) (...). Uma vez que o recinto mal pode acomodar uma centena de pessoas, a maior parte dos participantes tem de resignar-se (sorrateiramente está sugerindo tumultos) a permanecer na catedral propriamente dita, embora possam espiar (?) para dentro da capela sem grande dificuldade (com má vontade pretende sugerir dificuldade de observação, o que é  falso; mas ele mesmo se contradiz, pois expressamente diz: sem grande dificuldade). Somente autoridades municipais e eclesiásticas, bem como convidados especiais, conseguem presenciar a remoção do sangue da capela, no começo da cerimônia (onde ficou a importância "das emoções da multidão" e das numerosas "parentas de São Januário"? Mas o preconceito tem deturpações para tudo:) nesse grupo, porém, estão sempre algumas (não disse antes que eram necessárias muitas e a multidão?) mulheres conhecidas como as 'parentas de São Januário', as quais na realização do milagre (manifesta contradição: se é milagre, Deus não precisa ajuda; e se fosse por PK não é milagre). Alinham-se ao lado do altar e atuam literalmente como 'líderes de torcida' (novamente está sugerindo tumulto e novamente manifesta a má vontade: o altar está de frente, plenamente aberto a toda a rotunda da catedral, todos vêem perfeitamente, contra o que antes havia sugerido, que só umas poucas pessoas estão presentes). Logo que os frascos são retirados da capela e alçados para que a multidão os veja (plenamente observável!), elas se põem a trabalhar. Gritam (sugere tumulto) e pedem (gritam e pedem, no significado que por todo o contexto se dá ao termo gritos, são expressões contraditórias) ao santo que liquefaça seu sangue, a essa altura ainda seco (falso, milhares de vezes). Chegam a sibilar obscenidades caso o milagre não ocorra suficientemente rápido! A multidão não tarda a associar-se a elas com gritos e veneração" (sibilar e gritos, assim como obscenidades e veneração são termos contraditórios).

"Passam-se vários minutos antes da próxima etapa da cerimônia (dando a entender sorrateiramente que a etapa seguinte, a liquidificação, é o efeito do tumulto emocional). Por fim os dignitários da Igreja que empunham os frascos (é um só a levar o relicário) acenam com um lenço  vermelho para informar que o sangue começou a liquefazer-se" (lembre o leitor que milhares de vezes o sangue já estava líquido, outros milhares de vezes a liquidificação é instantânea, e outras vezes não acontece apesar dos tais "campos psíquicos", e outras vezes é lenta, outras parcial: nenhuma lei da natureza, como corresponderia se fosse um fenômeno natural).

 --- RESPONDO. É fácil, mas pouco nobre e pouco científico, Dr. Scott Rogo, desviar a atenção do tema que verdadeiramente interessa e que teoricamente seria o objetivo do seu livro: há milagres? Concretamente e agora, é fenômeno SN o que acontece com o sangue de São Genaro?

    Mas em todo caso o que você diz do ambiente "infernal" é falso. Porque evidentemente a cerimônia é de oração, respeito e emoção religiosa. Claro, dentro do temperamento latino e... napolitano. O ambiente "infernal" é mais uma calúnia.

    Precisamente na época em que os racionalistas lançaram e espalharam a calúnia, até hoje repetida, é completamente contrastante a visão de um cristão ao julgar o povo napolitano e as parentas de São Genaro. Poucos com mais  autoridade que o sábio pesquisador dos milagres, o francês Pe. Postel:

    "Ofereceu-me uma praça reservada na capela para a festa de 19 de setembro. Aceitei, compreende-se, com religioso ardor, ao que se acrescentou naturalmente uma muito viva curiosidade. E no dia combinado fui à catedral. A multidão era já numerosa. Como mínimo 5 ou 6 mil pessoas enchiam as naves e toda a rotunda, em atitude de recolhimento, e de nenhuma maneira com a dissipação e clamores selvagens inventados por uma ignorante má vontade".

    "Em alta voz, todo o povo conjuntamente recita principalmente o Pai-Nosso, Ave-Maria, Credo (...). A fé é ardente no povo napolitano, e de  minha parte declaro não haver visto jamais nada tão edificante: reter as lágrimas aos acenos desta fé popular, traduzindo-se pelas mais doces expressões de amor e de confiança, é para um coração cristão algo superior à vontade, é preferível deixá-las correr livremente e louvar com ternura o Deus que tudo há prometido e que tudo concede aos seus".

   "Jamais esquecerei a visão que oferecem neste momento, no lugar mais perto no santuário, as mulheres que são chamadas 'parentas de são Genaro' e que se afirma descendem da velha paralítica (Eusebia) que foi curada pelo santo, que enterrava os mártires e guardou algum tempo as ampolas cheias do sangue do seu Superior, o glorioso Bispo de Benevento. Dir-se-á que para elas a honra, o nome, a existência mesmo dependem de um novo triunfo daquele que elas não se acanham em chamar seu irmão muito amado, cuidando-o e, por assim dizer, acariciando-o com amor de escolhido".

   "Este povo, tão expressivo em todas as circunstâncias da vida comum, aqui se exalta e se supera a si mesmo; a especial animação do rosto, da palavra e dos gestos, inexplicável para as naturezas frias ou para a insensibilidade das almas sem Religião".

   E o Pe. Postel chega mais diretamente ao que agora tratamos: essa indiscutível emotividade e expressividade desse povo é "sem dúvida a que há dado lugar a essa fábula (o  termo exato seria calúnia, tão fomentada e tão espalhada por "má vontade" ou por ignorante preconceito) de que as mulheres insultam São Genaro para obter seu milagre quando demora em atender seus gritos e que lhe prodigam os mais vulgares epítetos".

    "Eu escutei com especial atenção o que elas dizem. Posso não haver ouvido tudo. Mas declaro que nada que possa interpretar-se como baixaria chegou aos meus ouvidos; declaro que, habituado à borbulhante piedade napolitana, encontrei um motivo de edificação lá onde o indiferente (palavra bem suave) encontrou (inventou) escândalo".

    Iriam escandalizar-se precisamente os mesmos que não têm escrúpulo nenhum em inventar as mais desvairadas "explicações" do mais sagrado, a assinatura de Deus sob Sua Revelação? Iriam se escandalizar precisamente os mesmos que propagam as mais soezes calúnias?

    O mesmo conclui, entre outros e na mesma época da calúnia racionalista, o sábio naturalista inglês Waterton.

     E o mesmo afirma na mesma época... Não tenho certeza de se a nota que há anos recolhi se refere precisamente ao nobre francês e deputado Jacques Cazalès, ou a outro com o mesmo nome. Em todo caso era alguém de prestígio e autoridade. Cazalès repetiu..., ou como bom político atribuiu a um amigo o contra-ataque: "Meu amigo e compatriota me assegurou que ele não havia jamais ouvido nada semelhante. Ele considerava essa asserção como uma invenção de viageiros mal-intencionados. Ou ignorantes que não podiam ou não queriam julgar as palavras senão unicamente pelo tom em que eram pronunciadas".

   Esse "tom em que eram pronunciadas" as palavras e que "os ignorantes não podiam ou não queriam" entender e aproveitaram para caluniar são precisamente... Ouçamos, da mesma época da calúnia, a explicação pelo Dr. Weedall, sábio sacerdote inglês, que de Birmingham foi a Nápoles e estudo durante vários meses com toda seriedade tudo o que se refere ao sangue de São Genaro:

     "Mas antes de abandonar a caneta quero falar-vos de algo relativo à cerimônia e que alguns estimam indigno de semelhante solenidade. Enquanto o clero recita com conveniente gravidade a fórmula prescrita das orações, vê-se num canto do santuário um grupo de mulheres que exprimiam os sentimentos de sua devoção com gritos e elevações de voz tais, que (segundo afirma a calúnia!), a delicadeza e mesmo a piedade sofreriam muito. Afirmou-se inclusive, com mais de estória que de verdade, que essas boas gentes insultariam e maltratariam com suas palavras o santo, em vez de invocá-lo. A melhor defesa da conduta dessas mulheres que eu vos posso apresentar é que seu linguajar é absolutamente simples ao estilo do país, as 'injúrias' que lhes atribuem reduzem-se a nenhuma outra coisa que a recitação da oração do Senhor (o Pai-Nosso), o Credo, as Ladainhas, o Glória ao pai e uma oração especial a São Genaro".

    "Reconheço que eu mesmo em determinado momento tive o desejo que elas pusessem menos calor na expressão dos seus sentimentos (como bom inglês clássico, temperamento tão diferente do napolitano clássico). Mas não tardei em abafar este desejo, lembrando-me das palavras do Salvador naquela memorável ocasião em que seus discípulos queriam apagar as aclamações da multidão: 'Deixai fazer -disse Ele-, porque, se eles calassem, as próprias pedras gritariam".

   Psicologicamente é inconcebível que insultos procedessem precisamente dessas "parentas" e desse povo que tanto amam a seu padroeiro!

    Só é admissível que alguma vez lançasse insultos e grosserias alguém dessa caterva de libertinos e mesmo cientistas preconceituosos, que recorre a todos os expedientes para denegrir os milagres. Não serão esses mesmos "viageiros mal-intencionados e ignorantes" os que alguma vez gritam inconveniências?

   (Numa das minhas viagens à Itália, eu mesmo ouvi a umas jovenzinhas brasileiras, no próprio interior da Basílica de São Pedro, gritar maliciosamente ao Papa, a menos de 4 metros de distância, mas -disseram-me quando souberam que eu sou padre- "é por brincadeira", "alegremente"... E o Papa, que talvez não ouvira bem, correspondeu com um sorriso e acrescentou carinhosamente: "Brasil").

 *** 23) Caráter grotesco? Lamentavelmente, nada menos que o grande sábio, parapsicólogo e bolandista, o inglês Pe. Herbert Thurston SJ, no seu primeiro trabalho sobre o sangue de São Genaro, apresenta uma objeção um tanto parecida à do suposto ambiente "infernal". O Pe. Thurston descarta toda acusação de truque e refuta, também incontestavelmente, todas as "explicações" pela intervenção de um agente físico. Mas esquiva-se de reconhecer o fato como milagroso "porque tem um certo caráter grotesco" !

 --- RESPONDO. Talvez tenha sido vítima do seu condicionamento de inglês que não compreende o temperamento napolitano. Certamente deixou-se influenciar pelo que tantos diziam do ambiente "infernal" do milagre de São Genaro.

    Ótimos os artigos de Thurston na refutação de "explicações" naturais e de truque. E não é verdade o tal ambiente infernal... E assim, é fácil refutar ao grande bolandista, como acabamos de ver, na alegada e falsa acusação de "caráter grotesco" do milagre.

 *** 24) Brinquedo maravilhoso? Outro erro de outro grande especialista, o também jesuíta Pe. Luís Monden. Prova inapelavelmente a realidade científica de muitíssimos milagres. Ao tratar, porém, do sangue de São Genaro..., não se atreve a negá-lo como milagre, mas acha que "haverá que ter ao menos por improvável a autenticidade de um fato milagroso que estivesse sem cessar à disposição (...), ou que se produzisse a intervalos (...). Fica difícil admitir que (Deus) faça (do milagre) um brinquedo maravilhoso oferecido à curiosidade dos filhos dos homens".

 --- RESPONDO. Ora, evidentemente o milagre é maravilhoso, isso é mesmo o que significa a palavra. Mas nada tem o milagre de quixotesco, ridículo,  circense..., como os pretendidos milagres do Hinduísmo, Budismo, Espiritismo, Pentecostais, etc...

    Evidentemente todos os verdadeiros cientistas e pessoas que não hajam sofrido lavagem cerebral dos racionalistas e sequazes, deveriam sentir imensa "curiosidade" pelos milagres. Lamentavelmente, porém, quase só as pessoas devotas estão livres para sentir essa "curiosidade".

    Evidentemente há milagres permanentes e a intervalos regulares ou mais ou menos regulares. É que Monden teria a coragem de negar os milagres permanentes, como Lanciano, Guadalupe, os incorruptos etc. etc.?

   Sem dúvida para tamanho erro, embora particular em meio a muitos acertos em relação a outros milagres, Monden sofreu a influência de Thurston e como este das calúnias sobre o ambiente "infernal" ou de "elaborado festival circense" etc. 

E A IGREJA TAMBÉM CALUNIADA

*** 25) "A Igreja assume uma postura neutra", insiste Scott Rogo, pois consente no culto, mas nunca fez um "pronunciamento oficial" a respeito da natureza milagrosa do fato.

 --- RESPONDO. Mais uma vez a Micro-Parapsicologia mostra que, quando louvavelmente sai do laboratório, quase nada sabe...

   Primeiro: é claro que a Igreja nunca se pronunciou dogmaticamente a respeito do sangue de São Genaro, nem de nenhum outro milagre (fora de uns poucos que tenham sido declarados milagres pela própria Sagrada Escritura). Mas, sem dogma, claro que a Igreja se pronunciou oficialmente muitas vezes sobre a natureza milagrosa dos acontecimentos com o sangue de São Genaro. O próprio Cardeal Ursi, arcebispo de Nápoles, no pronunciamento citado e mal interpretado pelo famoso representante da Micro-Parapsicologia, expressamente diz: "O fenômeno (do sangue de São Genaro), corroborado por rigorosa documentação (...), escapa ao império das leis naturais e é, por essa razão, considerado milagre".

   Segundo: nada menos que no Breviário Romano, no livro de oração oficial de todos os sacerdotes do mundo católico durante séculos, a Igreja enaltece o milagre de São Genaro como uma das próprias glórias: "Também admirável  (sentido implícito no termo milagre) que seu sangue, que se conserva coagulado numa ampola de vidro, (...), vê-se de modo maravilhoso (novamente  implícito no termo milagre) até nossos tempos (destaca-se o milagre como permanente) liquidificar-se e em ebulição como se acabasse de ser derramado" (novamente implícito que diferente das leis da natureza = SN, milagre).

   Terceiro: e ainda outro "nada menos": No Martirológio Romano, no livro oficial das festas dos santos, a Igreja numas edições repete as mesmas palavras que no Breviário, em outras edições escreveu: "É um insigne e perpétuo milagre o do sangue do mesmo São Januário que, fechado seco e coagulado numa ampola de vidro, foi visto freqüentemente liquidificar-se e borbulhar, absolutamente como se acabasse de ser derramado (...:) milagre assíduo".

    Quarto: em Bula, pronunciamento oficial, o papa Sixto V escreve: "Queremos que a capela situada na Igreja Catedral de Nápoles, e chamada o Tesouro de São Genaro, onde se conserva a cabeça e o sangue do santo e onde, como nós temos verificado, a Divina Majestade opera milagres permanentes (...)"

    Quinto: "Ingente e verdadeiro milagre é o do sangue do mártir são Januário, testemunhado não por um nem por dois, senão por toda Itália e, por assim dizer, por todo o orbe cristão". A frase é nada menos que de Bento XIV, contra os cientistas pedantes que pretendem negar o fato ou explicá-lo naturalmente opondo-se, sem nada haver estudado, ao testemunho e aos estudos de sábios  vindos de "todo o orbe".

    Sexto etc.: tantos outros pronunciamentos oficiais, embora não dogmáticos.  

    Os dogmas referem-se exclusivamente à doutrina, sobrenatural, revelada, não a fatos deste mundo. Estes podem interessar muito à Religião, mas pertencem à ciência, à Parapsicologia que é o conjunto dos ramos da ciência que estuda os fatos incomuns relacionados com o homem.

    Afirmar que "a Igreja assume uma postura neutra", que "lavam-se as mãos como Pilatos", e tantas outras expressões amplamente propaladas, é aberta calúnia.

*** 26) Mas a Igreja retirou São Genaro do Calendário Litúrgico Romano. "Isso equivale a reconhecer que são Genaro nem existiu", acrescenta Scott Rogo.

 --- RESPONDO. Nada disso! O Concílio Vaticano II solicitou reforma no Calendário Litúrgico Romano a fim de transformá-lo em Universal... A reforma do Calendário Litúrgico já vem de longe. Em 1588 o Papa são Pio V fixou em 158 os santos que recebiam culto nas Missas em toda a Igreja. E no pontificado de Pio XII, em 1955, ainda se reduziu mais o número de celebrações litúrgicas de santos em toda a Igreja. Etc.

    Muitos desses santos retirados do Calendário Universal continuam recebendo culto local, como São Nicolás, Santa Catarina de Alexandria, São Luís Rei da França...

    E São Genaro: Paulo VI relegou a festa universal de São Genaro para local, Nápoles só. João Paulo II, posteriormente, ampliou a festa para regional.

    Mas nada disso significa que tenham sido abolidos (!?) os santos  dos quais se aboliu a celebração litúrgica obrigatória para toda a Igreja. Simplesmente não existem no ano tantos dias para tantos santos... 

"TAMBÉM FORA DO AMBIENTE CATÓLICO" ? 

    Tive a satisfação de receber um e-mail de uma amiga, pós-graduada em Parapsicologia no CLAP, apresentando uma objeção que "alguém, não bem a par dos fatos", poderia propor: 

*** 27) "Fora do ambiente católico também há um caso de sangue incorrupto".

 --- RESPONDO. A objeção citada, se fosse válida, esvaziaria o caso do sangue de São Genaro...

    O caso, ao menos sua existência sem detalhes, é conhecido por todos os bons parapsicólogos, embora Scott Rogo (e a Micro-Parapsicologia em geral) certamente o desconhece. É conhecido porque citado pelo grande pesquisador e diretor do "Instituto Metapsíquico Internacional" (IMI) de Paris, Dr. Eugene Osty.

    Foi durante uma experiência de psicometria parapsicológica (isto é: um objeto serve de pergunta implícita sobre o que o inconsciente do psíquico sabe por Psi-Gamma em relação com esse objeto). Osty realizava experiências com a notável psicômetra Srta. M. Morel:

    "O engenheiro Dr. Luciano Galoy (...) entregou-me uma fotografia na qual se via um objeto de forma ovóide (...), e acrescentou: 'Eis a fotografia de um objeto cujo conteúdo ninguém conhece (...). Conseguiremos saber o que todos desconhecem, isto é, a natureza do conteúdo no objeto da fotografia?' (...)".

    "Coloquei a fotografia nas mãos da Srta. Morel em estado de hipnose (...). A muita imperfeita reprodução fotográfica não permitia (...), ninguém conseguiu, cair na conta do que poderia representar aquilo (...)".

   A Srta. Morel disse: "Vejo (...) uma pessoa de elevada estatura, de cabeça inteligente (...). Vejo de novo o homem..., dedica-se a um trabalho intelectual (...) de um modo extraordinário, tem um desenvolvimento superior ao normal..., há nele uma imensa provisão de pensamento (...). Está falando a outras pessoas que o escutam extasiados! Sua palavra parece dominar o mundo (...). Tudo isto é muito longínquo de nossa época! (...). Este homem é um condutor de multidões (...)".

    "Alguma coisa muito brusca..., um fato de violência destruí tudo isto. Diria que é a morte chegando de modo inesperado (...). Vejo sangue, muito sangue... Tudo violentamente (...). Vejo muita gente (...), uma multidão numerosíssima, mas já não está liderada por aquele homem (...). Dir-se-ia que todo um país está em procura desse homem... Vejo alguns soldados. Dos quatro pontos cardinais chegam pessoas e mais pessoas... Ouço gritos de dor, parecem assistir a um funeral extraordinário (...). Ao redor do morto (...), um grupo muito numeroso com vestes brancas (...). Os soldados vão cobertos com uniformes de cores vivas, estão adornados com franjas douradas (...), alguns levam na cabeça uma espécie de casco rematado por um elegante penacho de plumas brancas (...). Mas não o enterram..., colocam-no numa pequena habitação (...) subterrânea (...)".

   E na continuação vem a descrição que agora mais nos interessa: "Vejo uma espécie de recipiente, esférico por um extremo e afiado pelo oposto..., tem uma opalinidade de ágata... dentro há uma substância quase coagulada..., a quarta parte do recipiente está ocupada por um líquido avermelhado..., mais espesso do que a água (...), parece sangue..., sim, sim, é sangue..., mas sangue um tanto seco e descorado (...), a superfície está ocupada por uma capa de coágulo (...). Isto remonta-se a uma época muito antiga (...)".

    "Vejo o homem que morre (...). O líquido foi introduzido no momento em que o homem morreu, deve ser seu sangue. O lugar em que isto foi feito é um lugar diferente e distante (deste em que está sendo enterrado) (...). Vislumbro uma cena de horror, um homem martirizado de uma maneira inumana (...). Oh, este corpo que sangra! Agora o obrigam a subir uma montanha. Que espantoso tormento! Sobe a esta árida montanha arrastando algo muito pesado, muito pesado e muito preto, não consegue manter o esforço, sofre uma queda muito dolorosa que o faz sangrar. Tem a cabeça banhada em sangue. Sangue que recolhem outros homens, depositam-no provisoriamente num objeto (...), depois o trasladam a esta ampola, é levada a um longínquo país (...)."

    "O objeto, a ampola está feita com areia, que se fundiu num forno, ficando transformada em vidro. Esta ampola não pode abrir-se (...). Não tem ar dentro".

   O Dr. Osty nada sabia com referencia ao objeto da fotografia. Dias depois o Dr. Galoy contou que a foto foi trazida de Beirute. Foto de uma ampola encontrada numas ruínas antiqüíssimas, na cidadezinha chamada Kerach. "Na atualidade observam-se ainda na localidade as ruínas de um túmulo da época romana, túmulo que é conhecido pelos mentualis com o nome de 'sepulcro de Noé'"

     Não tenho porque frisar que isso de "sepulcro de Noé" não passa de exagero popular,... Por outra parte Noé é muitíssimo anterior à época romana, com certeza a época do sepulcro.

    Osty faz constar que de fato a ampola, de vidro escuro, deixava ver no seu interior um líquido, que lá teve que ser depositado ao tempo de insuflar o cristal e fechá-lo, pois este não apresentava sinal nenhum de manobras posteriores.  É uma verdadeira raridade, pois não se encontrou em nenhuma parte do mundo um objeto semelhante.

    Pois bem, suposto todo o anterior, onde está a dificuldade contra a milagre de São Genaro? Será que é sangue mesmo o conteúdo da ampola? Só temos a afirmação da Srta. Morel. Expressamente diz o Dr. Osty, depois de amplas consultas aos operários que encontraram a ampola, aos donos, às autoridades e peritos: "Todo o mundo ignora qual seja o conteúdo da ampola. Os que sabem da existência da ampola estão longe de suspeitar que o conteúdo seja o que a Srta. Morel deixou indicado".

    Postos a lançar hipóteses... Se fosse realmente sangue, não poderia ser um  verdadeiro milagre de sangue incorrupto...? Será sangue de algum mártir de entre tantos que houve na perseguição romana aos primeiros cristãos? Ou será sangue do próprio Jesus Cristo, pois a descrição feita pela Srta. Morel encaixa-se até detalhadamente na pessoa e morte de Jesus?

    Se é sangue incorrupto, encaixa no milagre, como todos, em ambiente da única Revelação de Deus...

  *** 28 ) "Que seja só no Catolicismo...", acrescenta a amiga pós-graduada em Parapsicologia, "...isso é o que psicologicamente lhes custa aceitar". 

 ---RESPONDO. Ora, se houvesse fenômenos SN em outras religiões (fora do ambiente judaico até dois séculos antes de Cristo, cristão em geral até as diferentes separações de Roma, e depois exclusivamente em ambiente católico em particular, como afirma a Parapsicologia após amplíssima pesquisa), os milagres perderiam todo seu valor de assinaturas de Deus, ou então não são milagres. Basta um mínimo de inteligência para compreender que o fato de existirem 56.000 religiões no mundo prova inapelavelmente que são invenções humanas. Louváveis, sim, muitas vezes, pois é o ser humano em procura de Deus (E Deus premiará essa procura, essa boa vontade sincera). Mas evidentemente Deus não pode haver revelado nem sequer duas religiões, diferentes, inclusive em muitos pontos contraditórias... Deus não pode enganar-Se nem enganar. Deus só pode haver revelado e assinado uma única religião. Evidente. Mil vezes evidente.   

    A conseqüência lógica. São muitas as pessoas, sinceras, de todas as religiões e mesmo sem religião alguma, que visitam Nápoles e perante os quais acontece normalmente o milagre do sangue de São Genaro.

    Entre muitos, destaco um caso, em que os próprios não-católicos, sinceros, reconheceram o milagre divino. Escreve o meticuloso historiador Putignani:

   "O que quero agora dizer parecerá dificilmente acreditável. Mas para evitar toda suspeita de exagero, mesmo ligeiro, apelo às inumeráveis testemunhas que assistiram" (Putignani escrevia só quatro anos após o acontecimento, portanto perante todas as testemunhas; nenhuma voz discordante ao apelo do historiador):

   "O conde Ulric Daun, de Alemanha, vice-rei e administrador supremo do reino, passava por Nápoles, para uma expedição à Sicília, com grande pompa, rodeado de grande número de oficiais. Havia entre os oficiais alguns católicos, mas sobretudo muitos luteranos. Em atenção à sua categoria, todos indistintamente foram admitidos ao lugar mais perto do altar, de onde se veria melhor a liquidificação do sangue de São Genaro. Mas o sangue não se liquidificou. O povo, consternado, redobrou suas orações. Todo o clero prostrou-se de joelhos. Logicamente alguns dos protestantes sorriam ou mesmo riam abertamente com não dissimulado desprezo e até alegria. Foi então que o Vice-rei, após uns momentos de reflexão e consulta, ele mesmo mandou os luteranos do seu séqüito se retirarem".

    "Apenas os luteranos haviam transposto a porta de saída, quando num piscar de olhos surgiu a ebulição. Instantânea e completa. Todo o sangue. Em toda sua perfeição. Sem a mínima parte restar endurecida. Sem a demora habitual ao menos de alguns segundos".

  "Que emoção dos assistentes! Com que aclamações! Com que derramamentos de lágrimas!. Perante essa explosão súbita da alegria popular, muitos dos chefes alemães voltaram a entrar, pondo-se eles também a chorar de emoção, de admiração... e declararam que estavam convencidos e convertidos ao Catolicismo".

    Sinal bem significativo é quando algum desses não-católicos apresenta-se alardeando rejeitar o Catolicismo. Os mais prestigiosos historiadores, os Bolandistas, referem que em várias ocasiões, quando a relíquia é tocada por determinados personagens bem conhecidos como propagandistas ou alardeando do seu não-catolicismo, o sangue endurece imediatamente. Retirando-se o líder anti-católico, a relíquia liquidifica de novo.

    As Atas, minuciosamente exaradas pela "Confraria do Sangue de São Genaro", referem também vários casos concretos.

    Mais ainda: mesmo quando escondidos. Os Bolandistas, as Atas, o historiador Célano no seu "Notizia della cittá di Napoli", o historiador Putignani na sua monografia sobre o sangue de São Genaro etc. recolhem outros numerosos casos do mais alto significado: Entre a multidão esconderam-se alguns desses não-católicos que alardeiam contra o Catolicismo. O sangue de nenhuma maneira se liquidificou. Passam horas e horas. Algumas destas ocasiões foram das mais solenes ou mais importantes, por exemplo quando o povo veio pedir angustiado a proteção do santo padroeiro.

    Em alguns destes casos deu-se a entender não muito veladamente uma certa ameaça... E depois o sacerdote encarregado pediu a todos os não-católicos que fizessem o favor de se retirar: evidentemente dando a entender aos "inimigos declarados" que aproveitassem a ocasião para se retirar junto com todos os outros não-católicos de boa-fé. E o sangue de São Genaro liquidificou-se imediatamente.

   Escolhamos um caso concreto. Transcrevo ao pé da letra do consciencioso historiador Putignani: "Acontece freqüentemente que o sangue sagrado se torna duro após sua liquidificação, quando um sectário se intromete entre os fiéis. Mesmo nestes últimos anos, o fato teve lugar quando eu me ocupava pessoalmente de minhas tarefas. As relíquias haviam sido retiradas e colocadas sobre um altar. Adiantou-se um grande número de nobres transalpinos para render culto ao santo e assistir ao milagre. O sangue que estava até então líquido e que estava sendo oferecido para ser beijado pelos assistentes, repentinamente ficou seco e duro entre as mãos do cônego. Os assistentes, estupefatos perante este novo prodígio, ficaram como colados à terra. Então o cônego (...), elevou a voz e disse claramente: 'Senhores, se há aqui algum herege, que se retire'. Imediatamente, um dos estrangeiros (paladino anti-católico) retirou-se dissimuladamente. Apenas ele desapareceu, o sangue começou a borbulhar".  

   O historiador acrescenta que outros casos semelhantes estão perfeitamente autenticados.

   É bem significativo!...

*** 29 etc.) Há mais "explicações" e preconceitos...

 --- RESPONDO. Tantas "explicações" e subterfúgios e calúnias para negar o milagre do sangue de São Genaro! Toda essa multiplicidade mostra precisamente que, fora do milagre puro e simples, evidente, permanente, múltiplo, nenhuma outra "explicação" é válida. Toda essa multidão de "explicações" e subterfúgios sucedendo-se continuamente só serve, entre tantas outras provas, para mostrar o extremo de alienação a que pode levar o preconceito racionalista, positivista, materialista... Quantos mais ataques se fazem a uma fortaleza sem derrubá-la, mais claro fica que é inexpugnável. A multiplicidade dos ataques ao milagre do sangue de São Genaro, e aos casos análogos, a aos fenômenos SN em geral, longe de infirmá-los, pelo contrário contribuem para robustecê-los cada vez mais perante a desapaixonada crítica, perante a verdadeira ciência.

Pe. Oscar G. Quevedo S.J.

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