Religião e Ciência |
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A
essência da religião refere-se à doutrina sobrenatural, inobservável,
revelada... Nisso a ciência (de observação) não pode nem
afirmar, nem negar, nem interpretar... E a inversa também é verdadeira:
as religiões não devem afirmar, nem negar, nem interpretar... fatos,
observáveis, de nosso mundo. A teologia
parte da revelação, mas antes deve a ciência de observação demonstrar
que houve tal revelação, e não mera invenção humana. Do contrario,
como até com ironia dizia o grande teólogo e grande parapsicólogo Pe.
Karl Rhaner S.J., não seria teologia senão “teologúmena” ou
disquisições de teólogos... Mesmo as
ciências chamadas especulativas, como a filosofia, devem apoiar-se na ciência
de observação. A filosofia usa o raciocínio, a lógica, a partir de
fatos bem estabelecidos pela ciência de observação e inclusive a
partir de verdades bem estabelecidas pela teologia. Se não for assim, não
seria filosofia senão sofisma. Ora, o
conjunto dos ramos da ciência, tanto de observação como especulativa,
que estuda os fatos incomuns, e por isso misteriosos, observáveis,
de nosso mundo, relacionados com o homem, como são também os milagres,
é a parapsicologia. Corresponde
à parapsicologia estudar os fundamentos, verdadeiros ou falsos, de todas
as religiões. Foram reveladas ou foram inventadas? Por fim (!) o
reconheceu o Concilio Vaticano II: “O fato da revelação
corresponde à parapsicologia demonstra-lo” (embora posteriormente, para
evitar mal-entendidos por pessoas mal-informadas, substituíram o termo parapsicologia
por ciências humanas). E é
precisamente por isto, que a parapsicologia é a ciência mais amada e
mais odiada. Tanto mais amada, quanto mais sinceras e maduras as pessoas
que procuram base racional para sua fé na doutrina revelada. Tanto mais
odiada, quanto mais fanáticas ou exploradoras as pessoas que vêem que a
parapsicologia derruba suas invenções e interpretações supersticiosas. Muitos consideram os “estudos e livros” como “letra morta”, não querem estudar para ter uma religião racional com argumentos, e preferem “achologia”: subjetivismo e superstição... , Bem diferente é o que recomenda o Apóstolo Paulo: "Eu
te conjuro, diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de vir julgar os
vivos e os mortos, pela sua Aparição e por seu Reino: proclama a
palavra, insiste, no tempo oportuno e no inoportuno, refuta, ameaça,
exorta com toda constância e doutrina. Pois virá um tempo em que alguns
não suportarão a sã doutrina; pelo contrario, segundo
os seus próprios desejos,
como que sentindo cócegas nos ouvidos, se rodearão de mestres. Desviarão
da verdade os seus ouvidos, orientando-os para as fábulas. Tu, porém,
faze o trabalho de evangelizar, contenta-te com isso, suporta a perseguição,
realiza plenamente o teu ministério” (2Tm 4,1-5). E outros muitos
textos que poderia aduzir. Repito: O que importa, e corresponde à parapsicologia, é analisar as “credenciais”, as provas, que cada religião apresenta... Pe.
Oscar G. Quevedo S.J. |